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Em pior momento de sua história, PSDB junta os cacos para não desparecer em outubro; veja cenário

Agência Brasil
PSDB corre o risco de, pela primeira vez em sua história, não ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 29/05/2022, às 10h05   Redação BNews


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Vivendo o pior momento de sua história, com rachas internos, o PSDB junta os cacos para não desparecer nas eleições de outubro. O partido, fundado em 1988 pelo ex-ministro das Comunicações, Sergio Motta, Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, Mario Covas e José Serra, pode ter a situação agravada.

O partido corre o risco de, pela primeira vez em sua história, não ter uma candidatura própria ao Palácio do Planalto. Com a desistência do ex-governador João Doria da disputa, a sigla resolveu apoiar a pré-candidatura de Simone Tebet (MDB). 

Segundo a Folha de São Paulo, caso volte atrás e resolva lançar algum nome, a estratégia o PSDB será apenas para marcar posição, sem expectativa de vitória, cenário nunca vivido nas oito disputas presidenciais desde a redemocratização.

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O PSDB conquistou grandes feitos nos últimos anos, como os oito anos de Presidência da República de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), a eleição da segunda maior bancada de deputados federais, em 1998, e os períodos quase imperiais nos governos de Minas Gerais (12 anos) e São Paulo (28 anos).

O partido, que sempre figurou no primeiro time de bancadas na Câmara e no Senado, agora está mais próximo do pelotão dos partidos nanicos, com 21 deputados, a nona bancada da Câmara, e seis senadores, a sétima bancada.

Em relação aos governos estaduais, a meta do partido é manter o principal ativo eleitoral: o Governo de São Paulo, mas com dois problemas no caminho. Primeiro, o atual governador, Rodrigo Garcia, aparece apenas na quarta posição de intenção de votos, de acordo com a última pesquisa do Datafolha. O cenário também inédito para os tucanos.

Outro fator é que Garcia é um neotucano. Ele se filiou ao PSDB apenas em 2021, oriundo do DEM, hoje União Brasil, grupo político com o qual mantém ainda grande afinidade.

Vale lembrar que o partido acumula ainda o desgaste de cinco derrotas presidenciais seguidas: José Serra, em 2002, Geraldo Alckmin, em 2006, Serra novamente, em 2010, Aécio Neves em 2014 e novamente Alckmin, em 2018, com menos de 5% dos votos válidos.

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