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PSB oficializa Alckmin como vice de Lula em chapa com PT

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Em evento com Lula e Geraldo Alckmin, o PSB indicou o ex-governador de São Paulo como vice-presidente em uma chapa formada por PT e PSB nas eleições 2022  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Facebook/Geraldo Alckmin

Publicado em 08/04/2022, às 11h18 - Atualizado às 11h24   Redação


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A direção nacional do PSB apresentou formalmente nesta sexta-feira (08), ao PT, durante reunião em São Paulo, a indicação do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB) para compor, como vice, a chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa à Presidência. Na próxima semana, o diretório nacional do PT sinaliza se aceitará o nome do ex-tucano. A composição deve ser apresentada oficialmente em julho, quando ocorrem as convenções partidárias.

Até meados do ano passado, Alckmin se colocava como pré-candidato ao governo de São Paulo. Foi nesse contexto que o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), também um nome da disputa estadual, abriu diálogo com o ex-governador. À época, já era certo que Alckmin deixaria o PSDB - em virtude de desavenças com João Doria, principalmente -, e a intenção de Haddad era convencê-lo a apoiar Lula já no primeiro turno, ainda no palanque estadual. 

As conversas entre o ex-prefeito e o então tucano começaram no início de 2021. Em outubro, quando Alckmin ainda cumpria agenda de pré-candidato, Haddad afirmou a repórteres, após um evento em São Paulo, que os partidos políticos não podiam “cometer o mesmo erro” de 2018, ano em que, segundo ele, faltou união entre as legendas para derrotar Jair Bolsonaro. Na ocasião, o petista defendeu a formação de alianças de primeiro turno. Havia sido noticiado na imprensa que, dias antes, ele e o ex-governador haviam se encontrado para um jantar. 

No fim do ano passado, rumores sobre Alckmin assumir a vice na chapa de Lula começaram a ganhar corpo. Quando foi questionado sobre o assunto pela primeira vez, o ex-governador não descartou que poderia ocorrer. Disse que ficaria “honrado” pela possibilidade. O ex-presidente Lula, por sua vez, também começou a dar sinais fortes de que a aliança poderia se concretizar. O líder petista chegou a dizer que queria montar uma chapa forte “para vencer no primeiro turno”. 

Havia, contudo, um empecilho: Alckmin não tinha partido definido. Após se desfiliar do PSDB - e mesmo antes, quando somente havia manifestado a intenção -, o ex-tucano passou a contar com uma carta de opções para seu futuro político. Foi cortejado pelo PSD, União Brasil, PV e Solidariedade, ao mesmo tempo em que havia um esforço para aproximá-lo do PSB, partido de seu amigo e possível vice de sua chapa para São Paulo, Márcio França.

As negociações com o PSB enfrentaram percalços antes de se concretizar a filiação. Embora nunca tenha negado que apoiaria Lula no plano nacional, a legenda divergiu do PT em palanques estaduais quando ambas tentavam uma federação, o que poderia ter abalado, de alguma forma, o acordo. 

Ao mesmo tempo, a aliança encontrava resistência de uma ala do partido dos trabalhadores que rejeitava o passado político de Alckmin. A deputada Natália Bonavides (PT-RN) chegou a chamá-lo de “golpista” e classificou o certame como uma “piada de mau gosto”. Aliado do PT, Guilherme Boulos também desaprovava o casamento. 

Em 19 de dezembro, Lula e Alckmin estiveram em um jantar organizado pelo grupo de advogados Prerrogativas, em São Paulo, e posaram juntos para foto.

Por fim, Alckmin se filiou ao PSB no dia 23 de março. Após anos de divergências e críticas públicas, o ex-governador afirmou, em seu evento de filiação, que “Lula é a esperança” do País.

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