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TSE valida ex-genro de Roberto Jefferson na presidência do PTB

Roberto Jefferson - Felipe Menezes/PTB Nacional
Com decisão, ala de Roberto Jefferson volta a comandar partido após desavenças com sua substituta  |   Bnews - Divulgação Roberto Jefferson - Felipe Menezes/PTB Nacional

Publicado em 12/03/2022, às 10h20   Redação BNews


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O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) validou nesta sexta-feira (11) o nome do deputado Marcus Vinícius Vasconcelos Ferreira (RJ), conhecido como Neskau, para presidir o PTB. Ele é ex-genro do ex-deputado Roberto Jefferson.

Apesar de cumprir prisão domiciliar, Jefferson ainda tem o título de presidente de honra do partido.

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Com a validação, a ala do ex-deputado volta a comandar o PTB após desavenças com sua substituta, Graciela Nienov —até então considerada pupila e uma "filha postiça" de Jefferson.

Além de oficialmente aceitar Neskau como presidente do PTB, o TSE estipulou que as senhas do partido sejam passadas a ele. Com os atritos entre Graciela e Jefferson, ela perdeu o acesso e, agora destituída e substituída, seguirá sem elas.

Filiado há mais de 25 anos no PTB, onde já era vice-presidente e presidente estadual, Neskau tem relação próxima com a família de Jefferson, pois já foi casado com uma das filhas do ex-deputado, Fabiana.

Furna da Onça

O novo presidente do PTB foi preso em 2018, na Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava Jato, que investigou o recebimento de propinas mensais por parte de parlamentares.

Segundo a PF, os investigados teriam recebido dinheiro de forma ilegal todo mês, com pagamentos variando de R$ 20 mil a R$ 100 mil. Em 2019, Neskau teve o pedido de soltura acatado pela ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal). O processo foi anulado.

Além dele, outros deputados também foram liberados de presídios pela decisão do STF.

Em nota ao UOL, Marcus Vinícius afirmou que "a própria justiça reconheceu a arbitrariedade da sua prisão. O processo no TRF, por conta dos abusos cometidos, foi anulado".

Jefferson X Graciela

Jefferson anunciou a saída de Graciela Nienov da presidência nacional da sigla em 30 de janeiro.

"Sem qualquer condição moral ou política de continuar, ela me pediu demissão e eu aceitei", disse o ex-deputado federal.

Isso acorreu após os ânimos no PTB ficarem alterados com o vazamento de uma denúncia de que Graciela teria planejado vender a sigla para Valdemar Costa Neto, do PL, por R$ 30 milhões, e de que teria tentado marcar encontro com o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Graciela assumiu o comando do partido em agosto do ano passado, depois de o ex-mensaleiro ter tido prisão determinada por Moraes.

Jefferson é alvo de inquérito sobre as chamadas milícias digitais, que apura a organização de atos com pautas antidemocráticas no país.

O comunicado do ex-deputado vem após a divulgação de áudios vazados de um grupo de WhatsApp em que a ex-presidente da sigla supostamente afirmava ter marcado reunião com Moraes.

"Graciela me desqualificou, me traiu e quis apagar o meu legado e as minhas lutas", comentou Jefferson. Em nota, o STF negou que o ministro tenha se encontrado com Nienov.

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