Eleições

Compra de votos

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Presidente do PDT critica conduta da Rede Bahia pelas denúncias   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 14/10/2010, às 19h37   Daniel Pinto


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Desde o início da série de denúncias publicadas no jornal Correio* sobre supostos crimes eleitorais cometidos na cidade de Itajuípe, sul do estado, surgiu a especulação de que os suplentes de Felix Mendonça Jr. (PDT) - Acelino “Popó” Freitas, do PRB - e de Paulo Câmera (PDT) - Joacy Dourado, do PT - se preparavam para assumir os mandatos.

Entretanto, outra linha de raciocínio dá conta de que os votos conquistados pelos dois candidatos serão anulados, o que implicará numa nova contagem do coeficiente eleitoral das coligações citadas.

A reportagem do Bocão News levou a dúvida ao advogado Ademir Ismerim. Ele assegurou que a primeira versão tem amparo legal. “A lei não prevê nenhuma recontagem porque não houve indeferimento das candidaturas. Portanto, os votos não podem ser anulados”, observou.

Mesmo assim, para Ismerim, não há tempo hábil para abrir uma “ação específica” que impeça as diplomações de Felix Jr. e Paulo Câmera.

Nesses termos, Popó e Dourado terão que deixar os ternos de posse no armário.

Armação

O presidente regional do PDT, Alexandre Brust, não quer nem ouvir falar em suplência. Para ele, os candidatos foram vítimas de uma “tremenda armação”. “Como eles sabiam que haveria ‘compra de votos’ naquele distrito? Por que eles não denunciaram o ‘crime’ em flagrante? Aquele vídeo é uma montagem grosseira. Estamos muito tranquilos em relação a tudo isso. Quem já viu dar recibo e fazer lista como provas de crime?”, questiona o dirigente.

Brust também aproveitou para atacar diretamente a Rede Bahia. “Tanto o jornal quanto a TV pertencem ao grupo que é da mesma escola da Globo. Essa denúncia tem o mesmo fundamento daquele arrastão que inventaram na praia de Ipanema, quando Leonel Brizola era governador do Rio de Janeiro”, disparou.

Já o deputado estadual reeleito Paulo Câmera (foto) preferiu não atingir o Correio e nem a TV Bahia, disse apenas que em 30 anos de vida pública nunca foi “citado em ilicitudes” e que pretende aguardar a “acusação formal para preparar a defesa”.

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