Eleições

PCdoB diverge de estratégia petista de manter candidatura de Lula

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A sigla da deputada estadual Manuela d’Ávila, virtual candidata a vice na chapa de Fernando Haddad ao Palácio do Planalto, defende que a substituição seja feita agora  |   Bnews - Divulgação Arquivo/Agência Brasil

Publicado em 04/09/2018, às 10h16   Redação BNews


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O PCdoB, que abriu mão de candidatura em prol do projeto do PT, divergiu da estratégia do partido de insistir na manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi vetada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O descontentamento do PCdoB, segundo o Estadão, foi explicitado nesta segunda-feira (3), em reunião do conselho político da coordenação da campanha, realizada em São Paulo.

Dirigentes do partido cobraram uma definição política rápida sobre a composição da chapa e argumentaram que a campanha não pode ficar dependente das estratégias jurídicas da defesa de Lula. 

Além do PCdoB, setores da direção do PT e a própria base do partido demonstraram “inquietude” – nas palavras de um líder petista – em relação à tática de esgotar todos os recursos na Justiça contra a decisão do TSE. 

A avaliação dos líderes do PCdoB é a mesma de parte do PT: a transferência de voto não será mecânica e automática e depende de dois movimentos: tornar Haddad conhecido e convencer o eleitor que ele é o nome de Lula, que não estará no palanque.

Além disso, a cúpula da campanha tem sentido pressão vinda da base do partido para que Haddad assuma o quanto antes a condição de cabeça de chapa. 

Informes feitos por advogados apontam para uma situação de extrema fragilidade jurídica mesmo que o STF conceda a liminar pretendida pela defesa de Lula.

Um dos cenários colocados aponta para a necessidade de Lula ter que renunciar à candidatura para evitar que a chapa toda seja cassada se o Supremo, depois, julgar improcedente o pedido de mérito.

O PCdoB, que costuma tratar de forma discreta suas divergências com o PT, dessa vez deixou claro em um manifesto que defende outra estratégia.

Enquanto a nota do PT não dá sinais de que haverá uma substituição na cabeça da chapa, o comunicado do PCdoB – assinado pela deputada Luciana Santos, presidente do partido – afirma que “a luta política e jurídica prossegue” e a resposta sairá de uma “vigorosa campanha eleitoral para eleger, em 7 de outubro, a chapa presidencial liderada por Lula, com ele candidato ou não”.

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