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General Augusto Heleno culpa mídia por atentado a Bolsonaro e pede calma

Sergio Lima - 28.dez.10/Folhapress
Para conselheiro do candidato, agressor é militante marxista fiel a seus princípios, e não desequilibrado   |   Bnews - Divulgação Sergio Lima - 28.dez.10/Folhapress

Publicado em 07/09/2018, às 21h00   Folhapress



Um dos principais conselheiros do candidato do PSL Jair Bolsonaro responsabilizou “parte da imprensa” pelo atentado contra o presidenciável, que foi esfaqueado gravemente durante um evento de campanha na quinta (6), em Juiz de Fora.

O general da reserva Augusto Heleno, que só não foi vice de Bolsonaro porque filiou-se a um partido que recusou apoiar o deputado, divulgou um áudio a colaboradores da campanha do PSL. “O bárbaro atentado sofrido ontem por Jair Bolsonaro é o desfecho de uma campanha diária, obstinada, que parte da imprensa desencadeou contra ele”, afirma.

"Injustamente, tacharam-no de despreparado, violento, inimigo da pátria e amante da ditadura. É um vale-tudo para desconstruí-lo”, disse. Com isso, Heleno condensa o discurso que filhos do capitão reformado do Exército e outros apoiadores têm feito de forma pontual desde o atentado, ocorrido no fim da tarde da quinta.

Dando eco à retórica de eleitores bolsonaristas, Heleno disse que o homem preso pela facada, Adelio Bispo de Oliveira, “não é um desequilibrado”. “É um radical irresponsável, fiel a seus ideais marxistas. Um invulgar auxiliar de garçom que, poucas horas depois do crime, apresenta uma equipe de advogados para defendê-lo”, afirmou, insinuando uma trama mais ampla do que a teoria de um ataque solitário.

Para Heleno, “a esquerda não admite a alternância de poder” que seria representada pelo candidato do PSL. O militar, contudo, encerra sua mensagem com uma nota mais ponderada, pedindo calma aos apoiadores de Bolsonaro.

“O mais importante é que não percam o entusiasmo. Rogo que não se deixem levar, em nenhum momento, pelo desânimo e a emoção. Mantenham a calma e a ponderação. A paz e a conciliação darão ao nosso futuro presidente as condições para construir um novo Brasil”, disse.

A fala é vista pelo círculo mais próximo de colaboradores de Bolsonaro como uma baliza para as manifestações públicas daqui em diante. Heleno, que foi comandante das tropas de paz no Haiti e chefe militar da Amazônia, é uma das vozes mais respeitadas nos meios militares.

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