Kelly Magalhães divulga a tréplica na batalha do “velho” oeste
Ressaca eleitoral provoca racha na base aliada |
Publicado em 11/10/2012, às 20h52 Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
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O clima pós-eleitoral em Barreiras, oeste baiano, é dos piores. A ressaca da disputa entre Antônio Henrique (PP), que foi eleito, e a atual prefeita Jusmari Oliveira (PSD) não tem data para acabar. Tomando a frente nos protestos, a deputada estadual Kelly Magalhães desabafou em plenário na Assembleia Legislativa e concedeu entrevistas criticando a falta de compromisso de dirigentes petistas, a exemplo do presidente estadual do partido, Jonas Paulo. O vice-governador Otto Alencar, presidente do PSD, também lamentou a falta de solidariedade.
As declarações de Kelly foram rebatidas em carta aberta do PP de Barreiras. A carta foi respondida pela parlamentar através da sua página no Facebook. A comunista soltou o verbo e aumentou o tom do discurso.
Confira na integra:
O PP publicou uma nota contestando meu pronunciamento na Assembléia e defendendo o prefeito eleito Antônio Henrique. Seria de bom tom publicar uma nota defendendo um trabalhador rural, simples e humilde que foi agredido ele e toda a sua família em discurso pela ex- deputada Antônia Pedrosa. Sei que isso nunca vai acontecer. O que vai acontecer, é o que já está acontecendo. O ataque e a tentativa de vitimizar uma figura tão boazinha como o ex-prefeito.
O PP de Barreiras devia perguntar ao presidente do PT Jonas Paulo, o que ele dizia de AH e sobre o período ele que ele esteve a frente da Fundifran na década de 80 e quem ele confrontou e o resultado do confronto.
Tenho o direito de criticar e questionar a postura conveniente do PT. Tenho o direito de falar para defender a integridade física da minha família especialmente dos meus filhos. Ser vencedor não é tripudiar dos adversários, não é pegar uma musica de campanha, distorcer e difamar como fizeram, ser vencedor não é soltar foguetes a noite toda na porta da casa do adversário sem saber se tem uma pessoa idosa ou uma criança, ser vencedor, não é ir para a casa do adversário na madrugada e soltar o som mais potente com a musica mais ofensiva e fazer isso a noite toda. Chamar a policia, foi chamada e não resolveu nada.
O que estou vivendo com a vitória de AH e seu grupo, eu já vivi em 2000 na sua reeleição. Eu e Barreiras. A vitória para AH e seu grupo significa a mordaça dos adversários. Quem não se lembra dos cadeados nas casas dos adversários no dia da eleição? Quem não se lembra do fuzil na cabeça do seu próprio cunhado que foi filmar uma escola? Quem não sabe da filmadora quebrada completamente pelos capangas que acompanhavam AH? Quem não sabe da casa do vereador Tito cheia de tiros? Eu sou obrigada a esquecer as ameaças que recebi grávida que me obrigaram a sair de Barreiras até a fúria dos capangas diminuírem e eu ter que pedir proteção na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia e da Câmara dos Deputados? Sou obrigada a dizer que pq AH está confortavelmente na base de Wagner que ele agora é um homem santo? O que me intriga é ver tanta gente chamar a prefeita de bandida e acharem bonito e ainda aplaudirem e quando abro a boca pra falar as verdades, sou a deputada desesperada e de um mandato. Isso quem vai dizer é o povo nas próximas eleições.
Jusmari enfrentou oposição desde o dia da vitória e todos achavam normal e agora faço uma crítica e o mundo vem abaixo. Serei oposição e serei sem tréguas. Quem não teve projeto para Barreiras em 8 anos de mandato, com certeza não terá com essa conversa ridícula de 40 anos em 4. Quem pula de galho em galho de acordo com as suas conveniências, não respeita o povo. Quem venceu com 1/3 dos votos, deve saber que vai sofrer oposição dos 2/3 que disseram não pra ele no dia 7 de outubro.
Matéria originalmente publicada às 13h24 do dia 11/10.
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