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Em relato emocionante, Lore Improta relembra desafio para lidar com filha preta: 'me perguntaram a cor dela e eu travei'

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A dançarina contou que chegava a pensar, quando estava grávida, se teria filha preta, de forma questionadora  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 28/07/2023, às 12h09


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Em abril, Lore Improta surpreendeu os internautas e seguidores ao declarar como "acordou" para questão do racismo, que só aconteceu após o nascimento da filha Liz, fruto do casamento com Leo Santana. "Tive que ter uma filha preta para despertar sobre o racismo", reconheceu em entrevista à revista Marie Claire.

A declaração foi um choque para os fãs e até mesmo para outras mães que lhe acompanham nas redes sociais, com mais de 15 milhões de seguidores. Diante de toda repercussão e impacto pessoal, a dançarina foi em busca de conhecimento para lidar com a situação.

No início do mês de julho, a loira anunciou uma série de lives com o tema "Expressões anti-raciais", para abordar questões como "Lugar de fala" com Jéssica Sandin, diretora de RH de uma plataforma de streaming; "Cases e casos" com a baiana Carol Peixinho; "O mercado publicitário para pessoas negras" com a empresária e jornalista Monique Evelle e "Maternidade e questão racial na infância" com Ana Paula Xongani.

Dias depois, o assunto voltou à tona com um relato emocionante da artista. Em depoimento a Rute Lima, do site Universa Uol, a baiana de 29 anos falou do desafio para "aceitar" que é mãe de uma menina preta, de apenas 2 anos. No relato, Lore conta que precisou "furar a bolha" e sair do conforto de beneficiada para começar a entender de fato do que se trata o racismo, em busca de empoderar a pequena.

"Quando comecei a namorar Léo, um homem preto, eu o via de igual para igual. Nasci em Salvador, a cidade mais negra do país, mas eu vivia em uma bolha. Não tive uma educação antirracista. Eu sabia que existia o racismo, mas estava em uma posição confortável, não precisava pensar sobre isso. Nunca tinha me atentado que precisava estudar sobre raça. Às vezes, eu até tentava puxar uma discussão sobre questões raciais com ele, com minha sogra e cunhadas. Mas eles nunca se aprofundavam nessas questões, eram aspectos pontuais. Também sempre ouvi que, por ser uma mulher branca, eu não teria lugar de fala neste tema. Então ficava nesse lugar confortável".

Em um dos trechos, ela admite que "travou" ao ser questionada sobre a cor da sua filha. "Quando ela nasceu, um médico entrou no quarto do hospital para fazer uma ficha e perguntou como eu declarava racialmente minha filha, qual era a cor de pele dela. Eu estava sozinha naquele momento e travei. Fiquei perdida. Ela nasceu com pele clara, mas era fruto de uma relação interracial. Lembro de dizer "acho que ela é parda", mas fiquei com muitos questionamentos naquele momento. Eu nem sequer sabia que a palavra colorismo existia".

Confira o relato na íntegra:

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Reprodução / Universa Uol
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Classificação Indicativa: Livre

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