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Estudante de medicina pode pegar 11 anos de prisão após espancar ator Victor Meyniel

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Yuri de Moura Alexandre, estudante de medicina, foi filmado agredindo o ator Victor Meyniel, no último final de semana  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 06/09/2023, às 08h13



A polícia identificou o agressor do ator Victor Meyniel, no último final de semana. Trata-se do estudante de medicina, Yuri de Moura Alexandre, que foi filmado espancando o artista, na portaria de um prédio em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. As imagens foram gravadas por câmeras de vigilância da portaria do edifício e chocaram a web.

Ao ser preso, Yuri se identificou como médico da aeronáutica, o que deve elevar a pena para até 11 anos, caso seja condenado pela Justiça. Isso porque, além da agressão, o que caracteriza lesão corporal, o estudante foi autuado pelos crimes de falsidade ideológica e injúria por preconceito, já que teria motivação homofóbica.

Para defesa do ator, o episódio de violência teria sido cometido após Victor expor a sexualidade do agressor. A advogada Maíra Fernandes, que defende Meyniel, relatou que o artista teria perguntado, na portaria do prédio, se “ninguém sabia” sobre a orientação sexual de Yuri de Moura Alexandre. Durante o espancamento, Yuri teria afirmado: “Eu não sou viado [sic]. Você é que é”.

No entanto, o advogado de Yuri informou em nota divulgada à imprensa que a orientação sexual do seu cliente já era de conhecimento de todos, pelo fato dele ter sido casado com uma pessoa do mesmo sexo. Apesar de contestar a motivação, o comunicado não nega a agressão.

"Há nos autos do processo exame de corpo de delito realizado por perito oficial que prova que as lesões não geraram incapacidade, perigo de vida ou debilidade permanente".

Porteiro vai responder por omissão de socorro

Nas imagens, registradas por câmeras de segurança, é possível assistir o porteiro, identificado como Gilmar José Agostini, assistindo à cena sem prestar socorro, apenas tomando café. 

A delegada Débora Rodrigues, titular da 12ª DP (Copacabana), responsável pelo caso, ainda afirmou que o funcionário do prédio não a tratou bem. "Ao chegarmos ao prédio, ele já foi nos atendendo muito mal, falando que não viu nada, que não sabia de nada e que não ia se meter. Ele interfonou para o síndico, dizendo que ‘uma mulher estava lá fora’, mas não era nenhuma mulher, eram duas autoridades devidamente identificadas", contou a oficial que estava com uma oficial de cartório. 

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