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Felipe Neto critica TikTok e diz que não abandonará YouTube por dancinhas

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As afirmações de Neto estão em vídeo publicado nesta segunda-feira (9) em seu canal do YouTube  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram

Publicado em 10/05/2022, às 14h27   Folhapress


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O youtuber Felipe Neto criticou o TikTok e as redes sociais em geral e disse que o formato dos conteúdos que as plataformas privilegiam atualmente prejudica produções de qualidade, além da saúde mental dos consumidores.


As afirmações de Neto estão em vídeo publicado nesta segunda-feira (9) em seu canal do YouTube Cortes Netotoso, formado por cortes de lives feitas pelo influenciador.

Neto, que ajudou a popularizar o YouTube e está há 12 anos produzindo conteúdos digitais, afirmou que as redes sociais estão deixando de ser um bom espaço para conteúdos longos. "Neste momento, a galera não está mais querendo parar para assistir nada. Parar para assistir está virando um tabu", ele disse, acrescentando que isso sabotará o entretenimento online.


"Não vou abandonar o conteúdo que amo produzir para só fazer dancinha", disse Neto, que também alimenta uma conta no TikTok, mas diz preferir os vídeos longos que faz para o YouTube. "[O ano de] 2022 teve a pior audiência que eu já vi na história do YouTube, e o próprio YouTube parece não se preocupar", ele afirmou, acrescentando que o movimento de queda do público acontece não apenas com o próprio canal, mas representa um onda geral.


A explicação para isso, segundo ele, está em redes como o TikTok e em ferramentas como o Reels, do Instagram e o Shorts, do próprio YouTube, cujas timelines infinitas prendem a atenção do público. Neto afirmou que essa estrutura gera um efeito viciante, causado pela descarga de dopamina no cérebro das pessoas. E disse que isso "está gerando pessoas muito mais ansiosas, com extrema dificuldade de concentração e com problemas psicológicos".

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"Timeline infinita com conteúdos de vídeos curtos vai ser proibida, e com razão, porque isso está adoecendo a humanidade. O vício em dopamina já é uma realidade e as consequências disso são severas para o cérebro humano. Então acredito que o caminho natural será a proibição desse tipo de timeline, em que uma inteligência artificial define o que você assiste e tenta te prender a todo custo."
Um estudo publicado na revista científica NeuroImage e realizado por pesquisadores da Universidade Zhejiang, na China, detectou que de fato o TikTok ativa áreas do cérebro relacionadas à sensação de prazer e recompensa, fazendo com que os usuários permaneçam mais tempo na rede social.

Apesar do excesso de uso do aplicativo não ser recomendado por especialistas, a ativação frequente do sistema de recompensa não necessariamente gera consequências danosas aos usuários, segundo reportagem da Folha.


Dartiu Xavier, psiquiatra e pesquisador da Unifesp, por exemplo, ponderou ao jornal que "não é, necessariamente, por causa dos vídeos que o usuário perdeu o controle de uso". "O mais provável é que este usuário já tenha um sistema de dopamina alterado. Não dá para dizer que se trata de um aplicativo que não devemos usar pois causa dependência", afirmou.

"O problema não é o TikTok em si, mas a relação do ser humano com o aplicativo, uma vez que existem pessoas vulneráveis para ter uma relação ruim ou tóxica", disse Mauro Victor de Medeiros Filho, psiquiatra da infância e adolescência do Hospital das Clínicas, outro especialista entrevistado pela reportagem.

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