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Marília Mendonça: Polícia Civil conclui investigação sobre causa do acidente

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Acidente aéreo ocorreu em novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, região Leste de Minas Gerais. Além da cantora, outras quatro pessoas morreram.  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Instagram
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 04/10/2023, às 10h59


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Na manhã desta quarta-feira (4), a Polícia Civil de Minas Gerais apresentou as conclusões do inquérito relacionado à queda do avião que resultou na trágica morte da cantora Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, em novembro de 2021, na região de Piedade de Caratinga, no leste de Minas Gerais.

Segundo o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, a investigação demandou a eliminação de diversas possibilidades, incluindo falha mecânica ou até mesmo um eventual atentado como causa do acidente. O responsável pela investigação afirmou ainda que houve negligência e imprudência por parte dos pilotos, uma vez que é prática comum que eles estabeleçam contato com outros profissionais ao planejar o pouso em um aeródromo desconhecido, o que, segundo a investigação, não ocorreu neste caso.

De acordo com a Polícia Civil de Minas Gerais, os pilotos foram considerados responsáveis por homicídio culposo triplamente qualificado, embora a punição tenha sido extinta devido ao falecimento dos pilotos. Portanto, foi sugerido o arquivamento do caso.

Em maio deste ano, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), ligado à Força Aérea Brasileira, apresentou um relatório que descartou falha mecânica como causa do acidente e destacou a "avaliação inadequada" do piloto como contribuinte para o ocorrido. Vale ressaltar que o Cenipa não tem a atribuição de determinar autoria, mas concentra-se na prevenção de futuros acidentes.

O relatório do Cenipa indicou que os cabos de alta tensão estavam abaixo da linha de visão dos pilotos, uma vez que sua atenção estava focada na pista de pouso no momento do impacto. Além disso, os equipamentos de energia não se destacavam bem na vegetação circundante, reduzindo a percepção a distâncias maiores.

No entanto, as investigações concluíram que não era necessário sinalizar a estrutura, já que a linha de transmissão estava fora da zona de proteção do aeródromo e das rotas de aproximação ou decolagem e possuía altura inferior a 150 metros - apenas 38,5 metros. Portanto, o Cenipa afirmou que essa linha de transmissão "não representava um risco à segurança".

Apesar disso, em 1º de setembro, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) instalou uma esfera de sinalização no cabo de uma torre de distribuição da empresa, onde o avião bimotor caiu. Essa instalação foi uma recomendação excepcional do Cenipa e do Comando Aéreo, embora não houvesse base legal ou técnica para tal, como reconhecido pelas duas instituições.

O acidente, que ocorreu em 5 de novembro de 2021, envolveu uma aeronave que transportava a equipe de Marília Mendonça. O avião estava em situação regular e possuía autorização para operações de táxi aéreo. A aeronave decolou do Aeródromo Santa Genoveva, em Goiânia (GO), às 16h02min, com destino à cidade de Caratinga, onde a artista estava programada para realizar um show naquela noite.

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Além de Marília Mendonça, as vítimas do acidente incluíram o piloto Geraldo Medeiros, o copiloto Tarciso Viana, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, todos eles vitimados por politraumatismo contuso, conforme constatado pela Polícia Civil.

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