Participante de 'Casamento às cegas' alega abuso sexual e processa produção; saiba detalhes

Uma participante da quinta temporada do popular programa de televisão americano "Casamento às Cegas" está movendo um processo judicial contra as empresas responsáveis pela produção do reality. Tran Dang alega ter sido vítima de abuso sexual durante as gravações e acusa as produtoras Kinetic Content e Delirium TV de cumplicidade em cárcere privado.

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No processo, Dang afirma que foi abusada por outro participante do programa, Thomas Smith, com quem havia ficado noiva durante as gravações. O "Casamento às Cegas" é conhecido por seu formato, no qual estranhos se comunicam e, em muitos casos, pedem os parceiros em casamento antes de se encontrarem pessoalmente.

Segundo a denúncia, o suposto abuso teria ocorrido no México, em maio deste ano. Dang alega que Smith a tocou à força, expôs-se indevidamente e manteve relações sexuais repetidamente, apesar das objeções claras da vítima. Ela também levanta a possibilidade de que tais incidentes traumáticos tenham sido registrados devido à constante vigilância dos participantes durante as gravações.

 "Smith, sem o consentimento da senhorita Dang, a apalpou à força, expôs a própria nudez e fez contatos sexuais repetidas vezes apesar das objeções diretas dela", afirma o processo.

"Por causa da vigilância 24 horas dos participantes, a maior parte desses eventos traumáticos, se não todos, foram provavelmente gravados."

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Além das acusações de abuso sexual, Dang afirma que a produção ignorou suas denúncias. Ela alega que um produtor assistente a responsabilizou, afirmando que a culpa era dela por não se comunicar de maneira eficaz com Smith ou por não levar o relacionamento a sério.

A participante também revela ter ficado retida por duas semanas durante as gravações, sem acesso a um celular ou qualquer meio de comunicação com o mundo exterior. Após o ocorrido, Dang optou por deixar o programa, e tanto ela quanto Smith foram excluídos da temporada.

O criador do "Casamento às Cegas," Chris Coelen, negou veementemente as alegações em uma entrevista à revista "People." "Se qualquer pessoa viesse até nós e dissesse que se sentia insegura de qualquer forma, nós imediatamente os removeríamos do experimento e falaríamos com eles, tentando descobrir a verdade", afirmou ele. "Infelizmente, neste caso, esse tipo de sentimento nunca foi acusado para nós de qualquer forma, nem qualquer coisa errada nos foi avisada em momento algum."

Ele também afirmou que as alegações de Dang são "absurdas", já que participantes podem entrar e saírem da produção quando quiserem.

Essa não é a primeira acusação contra o programa. Em 2022, o participante Jeremy Hartwell, da segunda temporada, processou a plataforma de vídeos Netflix por "condições de trabalho desumanas". Além dele, colegas da mesma temporada, Nick Thompson e Danielle Ruhl afirmaram que não receberam apoio com problemas de saúde mental.