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Salários, prêmios e patrocínios: saiba as diferenças e o que mudou no mundo esportivo

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Apesar do atual reconhecimento, a desigualdade salarial no futebol femino ainda é uma realidade  |   Bnews - Divulgação Imagem: Getty Images

Publicado em 24/05/2022, às 06h00   Franciely Gomes


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Na última terça-feira (17), os Estados Unidos marcaram um feito histórico no mundo esportivo, fazendo com que jogadores das seleções masculina e feminina recebam o mesmo pagamento e prêmios em dinheiro, incluindo em Copas do Mundo.

Segundo o jornal The New York Times, a decisão foi tomada após as principais jogadoras da seleção feminina entrarem com um processo de discriminação de gênero contra o futebol americano. O acordo foi feito a partir da revisão nas estruturas salariais com a U.S. Soccer.

No Brasil, a seleção brasileira alcançou parte do Equal Pay, que são os pagamentos iguais para mulheres e homens nas seleções nacionais. A conquista foi declarada em setembro de 2020, quando foi anunciado pela CBF que as jogadoras e jogadores passariam a receber o mesmo valor de diárias.

Entretanto, essa decisão parece estar longe de se tornar uma realidade vigente, já que algumas marcas ainda não aderiram a este movimento. Em 2021, durante as Olimpíadas de Tóquio, a jogadora Marta resolveu fazer um protesto durante os jogos. Ela entrou o campo utilizando um par de chuteiras pretas, com uma fita azul e outra rosa nos dois lados.

As cores representam uma repulsa pela desigualdade salarial no futebol, em parceria com a iniciativa global “Go Equal”. Embora tenha sido eleita, por seis vezes, a melhor jogadora de futebol do mundo, a atleta segue sem patrocínio de marca esportiva desde 2018, recusando propostas em que os valores oferecidos não estavam à altura do que ela representa.

“Estou usando a mesma chuteira. Com o mesmo símbolo, o 'Go Equal'. E continua sendo uma opção minha. Não é só pelo dinheiro em si. É toda uma história. Mas muitas vezes, os contratantes da patrocinadora não enxergam por esse lado. É um conjunto de coisas para a minha decisão. E posso ver que, por outro lado, isso ajudou outras atletas”, afirmou ela em entrevista ao GE.com, durante as Olimpíadas.

Em conversa com a reportagem do Bnews, Camila Santos, atleta do Esporte Clube Bahia, contou um pouco sobre o cenário do futebol feminino no estado. "Desde que cheguei aqui na Bahia pra jogar, tem sido uma experiência incrível, cheguei no Bahia em 2020 e tivemos o acesso pra série A1, mas também achei muito incrível a competição daqui o “Baiano”. Porém, tem clubes que necessitam de verba pra oferecer algo melhor as atletas, eu cheguei no Bahia no melhor momento, carteira assinada e tudo”, disse.

A jogadora ainda comentou sobre a importância da conquista realizada nos EUA e como isso pode impactar positivamente no Brasil. “Infelizmente a desigualdade é enorme, mas vale falar que tem melhorado muito o futebol feminino, falo em questão de tudo, mas também tem uns times que não tem o suporte que outros têm”, completou.

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