Esporte

Direto de Paris: Flavinha Saraiva fala sobre queda e projeta LA 2028

Ricardo Bufolin/CBG
A ginasta ainda garantiu que pretende seguir na Seleção Brasileira e mirou LA 2028  |   Bnews - Divulgação Ricardo Bufolin/CBG
Melissa Lima

por Melissa Lima

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Publicado em 04/08/2024, às 09h05



Flavia Saraiva fechou sua participação nas Olimpíadas de Paris com o bronze por equipes e uma nona colocação no individual geral. Ainda durante o aquecimento da disputa coletiva, a ginasta caiu e partiu o supercílio. Em entrevista coletiva com a participação do BNews, Direto de Paris, ela falou sobre a recuperação do ferimento.

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“O olho tá todo roxo. Nossa, eu tive que fazer um tutorial na internet pra tentar tirar esse olho roxo. Porque meu joelho tá roxo. Eu tô com galo na cabeça, tô com galo aqui”, disse, aos risos.

Flavinha contou ainda que já sofreu uma queda semelhante. “Eu já tinha escapado assim. Só que eu bati as costas no barrote de baixo. E fiquei com as costas toda roxa. Mas, enfim, já passou”, falou.

A ginasta de 24 anos não perdeu tempo e já começou a traçar planos para os Jogos de Los Angeles, em 2028. Por um legado da inédita medalha, ela quer continuar à frente da seleção brasileira e conquistar mais pódios a caminho de sua quarta edição de Olimpíadas.

"Penso em continuar. Amo representar o meu país. Não é fácil fazer o individual geral. Este ano como tive algumas lesões, não consegui treinar da melhor forma possível. Consegui recuperar a paralela nos 50 do segundo tempo. Quero continuar, quero ter mais medalhas em Mundiais. Sei o quanto é importante para a equipe continuar. Sempre falo: “Ai, Rebe, por favor, continua, nem que seja três aparelhos”, porque a gente quer classificar para as próximas Olimpíadas, a gente não quer perder esse legado da ginástica. Mas é ano a ano, não tem o que fazer. Espero que meu pé aguente", disse a ginasta.


Flavinha foi peça fundamental para a equipe brasileira se apresentando nos quatro aparelhos. Finalista da trave na Rio 2016 e em Tóquio 2020, esse ano a ginasta vai ficar apenas na torcida pelas companheiras.

"Fico muito feliz com os resultados. Eu queria estar melhor. Queria ter feito melhor algumas séries nas classificatórias para estar nas finais, mas estou feliz pelas minhas amigas, que estão nas finais. Tive algumas lesões este ano, nas costas e no ombro. Isso abalou um pouquinho o treinamento, mas eu tinha o pessoal junto comigo, as meninas, o Xico (Francisco Porath, técnico), a equipe multidisciplinar, minha família".

Ela ainda revelou a perseverança diante da dor e das adversidades que aconteceram ao longo do ciclo olímpico.

"Mesmo com aquela queda no aquecimento, eu disse: 'Já tive tanta dor neste ano que nem tô sentido meu rosto, mas vamos embora'. Queria estar na final de trave e de solo, mas entendo que às vezes não é da forma que a gente quer. Eu conquistei minha medalha olímpica. Sou medalhista mundial, então não preciso provar nada para ninguém. Não consegui fazer meu melhor, mas mesmo com todas as adversidades, consegui voltar a fazer ginástica e competir".

Classificação Indicativa: Livre

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