Esporte
Publicado em 12/04/2024, às 22h07 Melissa Lima
O começo da quinta rodada do Brasileirão Feminino foi marcado por protestos das jogadoras de Palmeiras e Avaí, que se enfrentam na noite desta sexta-feira (12), em Jundiaí.
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As atletas puderam as mãos na boca durante o hino nacional, como um ato de manifesto contra o assédio no futebol feminino. A inicativa acontece em meio às denúncias envolvendo o técnico do Santos, Kleiton Lima.
As jogadoras ainda se misturaram e tiraram uma foto todas juntas com o mesmo gesto. Letícia e Siméia, camisas 19 de Palmeiras e Avaí, respectivamente, participaram do momento virada de costas.
A ênfase dada ao número carrega um significado. No ano passado, vieram à tona 19 cartas com relatos de assédio moral e sexual do então treinador do Santos, que acabou afastado do cargo em meio às investigações.
As atletas do Corinthians também aderiram à manifestação, com as mãos na boca, no clássico contras as Sereias, na Vila Belmiro, com a presença de Kleiton. Na comemoração do primeiro gol, as brabas voltaram a fazer o gesto.
Confira momento do protesto:
#RespeitaAsMinas não é uma frase qualquer. É, acima de tudo, um estado de espírito e um compromisso compartilhado. pic.twitter.com/ihU9wNF3Sb
— Invasão Por Elas (@InvasaoPorElas) April 12, 2024
Perguntado novamente sobre os casos antes da partida, o técnico se negou a falar novamente sobre o assunto.
"Não vou falar sobre isso, o Santos se posicionou, eu também já me posicionei e agora quero seguir minha carreira. O ambiente está bom e vamos construir algo significativo daqui para a frente", declarou.
O caso voltou à repercutir depois que o Santos recontratou o treinador, neste começo de abril, e do posicionamento que o clube escolheu adotar. O time afirmou que não encontrou evidências nas denúncias das atletas e reconduziu Kleiton Lima ao posto.
A omissão do clube fez surgir novos relatos. No começo da semana, mais uma denúncia protocolada na ouvidoria do Santos tornou-se pública, em reportagem da “Trivela”.
"Depois do treino, estava conversando com o analista de desempenho, de costas para o campo, quando senti alguém encostar na minha bunda. Olhei para trás e a única pessoa próxima era o Kleiton. Ele falou para mim: ‘E essa bunda aí? Não falou que ia perder?", relatou a ex-atleta santista.
O clube se defende do caso com o respaldo de Thaís Picarte, coordenadora de futebol feminino do Peixe. A dirigente disse em entrevista que ouviu jogadoras, não encontrou indícios e referendou a chegada de Kleiton Lima. Diversas atletas, porém, alegaram que nunca foram procuradas para falar sobre o assunto.
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