Esporte
Publicado em 05/03/2022, às 12h29 Juliana Barbosa
No início da noite desta quinta-feira (03), o Bahia anunciou a rescisão do atacante Marcelo Cirino, em comum acordo, após 8 jogos com a camisa tricolor. O atacante está negociando sua volta para o Athletico. As conversas já estão em andamento e o presidente Mario Celso Petraglia abriu as portas do CT do Caju para o atacante voltar.
Em nota, o 'Tricolor de Aço" alegou que motivos pessoais fizeram o atleta solicitar o desligamento, uma semana após o atentado ao ônibus do clube.
O fator determinante para a rescisão foi um problema com o irmão do jogador, Rafael Cirino da Silva, de 34 anos. Ele foi baleado e preso no último sábado (26), por sequestrar a ex-mulher.
O fim do contrato se deu uma semana depois do ataque de alguns torcedores ao ônibus tricolor, que deixou o goleiro Danilo Fernandes e o lateral Matheus Bahia feridos.
Pelo Furacão, Cirino tem duas passagens entre 2008 e 2014 e 2018 a 2019. No total, tem 50 gols marcados em 217 jogos pelo clube.
A vontade de voltar do atacante é enorme, tanto que foi ele quem deu o primeiro passo de conversar com o Furacão.
Cirino deve se apresentar ao Athletico já na semana que vem para exames médicos. O jogador de 30 anos nunca escondeu de ninguém que tem um carinho especial pelo clube e possui um bom relacionamento com o mandatário rubro-negro.
Responsável pelo atendimento aos jogadores do Bahia após o atentado a bombas sofrido pelo ônibus da delegação, o médico Rafael Garcia comentou sobre o estado de saúde dos atingidos. Segundo o profissional, o caso mais preocupante foi o do goleiro Danilo Fernandes.
"O Danilo foi o jogador mais atingido. Ele tinha lesões tanto nos membros superiores, nas duas pernas, em face e tórax. Devido a essa gravidade, levamos para o hospital. Ele fez exames, está bem, mas passará a noite no hospital em observação".
"A gente deu muita sorte. Essa bomba poderia ter causado prejuízos muito importantes e sequelas para todos os atletas", continuou.
Já sobre Marcelo Cirino, Garcia revelou que o atacante não se feriu, mas ficou muito abalado emocionalmente. "Cirino estava muito próximo do local do impacto. Foi o jogador que estava mais abalado psicologicamente pelo atentado e por isso não atuou".
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