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VÍDEO: Condenado por estupro de garota de 13 anos, Cuca retruca questionamento: 'por que devo desculpas?'

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Contratação de Cuca como técnico do Corinthians trouxe à tona caso de estupro que aconteceu na Suíça, em 1987  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Corinthians TV

Publicado em 22/04/2023, às 08h26   Cadastrado por Vinícius Dias


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A apresentação de Cuca como novo técnico do Corinthians teve um tema principal: a condenação do treinador a 1 ano e 3 meses de prisão por participação no estupro de Sandra Pfaffli, de 13 anos. O caso aconteceu em um hotel na cidade de Berna, na Suíça, em 1987, quando o então atleta tinha 23 anos e jogava pelo Grêmio.

O anúncio de Cuca dividiu a torcida do Corinthians e gerou protestos de torcedores. Confira nas linhas abaixo tudo o que ele falou sobre o caso durante a apresentação que aconteceu na última sexta-feira (21).

"É um tema delicado, um tema pessoal meu, mas eu faço questão de falar sobre ele e tentar ser o mais aberto possível quanto a isso dentro do que me cabe. Ocorreu a 37 anos atrás, em 87, eu era emprestado do Juventude ao Grêmio, devia estar no clube há 15 dias. Tenho vaga lembrando do que aconteceu. Tinha 23 anos na época, nós iríamos jogar uma partida e pouco antes subiu uma menina para o quarto que eu estava com outros jogadores. Essa foi minha participação nesse caso, sou totalmente inocente, não fiz nada. As pessoas falam que houve um estupro, houve um ato sexual a um vulnerável, isso foi a pena que foi dada. A gente vê um monte de coisas falando inverdades, chegam a ofender".

Questionado sobre o porquê de não ter se defendido, Cuca disse que foi um erro e que não tinha dinheiro: Primeiro, eu não tinha dinheiro para me defender, segundo que eu nem soube que tinha sido julgado. Ficamos lá para averiguação. Por três vezes ela esteve lá na frente, e não é que não me reconheceu é que eu não estava. A vítima é a moça: 'O rapaz não está'. Se a vítima fala que não está, e eu juro por Nossa Senhora que é o que eu mais adoro e amo na vida que não estava, como que eu posso ser condenado pela internet que no mesmo momento que te julga, te pune?".

O treinador alega que não tem lembranças da noite em que o caso aconteceu. Ele diz que esteve no quarto quando tudo aconteceu. "Eu não fiz nada, se é que aconteceram. O quarto é um 'L', você não sabe, você não vê. Minha parte é essa. Nós não estamos em um momento em que a palavra mais importante é da mulher? A palavra da mulher não é que o Cuca não esteve lá? Não falou sobre o Cuca: 'Não conheço, não vi, não tava'. Eu não estou falando que não estava? Como eu posso ser condenado, hoje tem 200 mulheres aí me condenando, pelo quê? É difícil pra gente, mas eu não vou desistir."

Apesar da condenação, Cuca afirma que não tem que pedir desculpas sobre o que não fez.

'Não sou do mal': "Saí lá no Galo dentro de uma condição e saí de lá, acho que até aquelas mulheres que não eram a favor quando eu fui, ficaram depois. Quem me conhece, e a maioria me conhece, sabe quem eu sou, de que forma eu ajo, o quanto eu respeito as mulheres. Quero ter um engajamento dentro dessas causas para poder ajudar a mulher, vou estar ajudando minha família mesmo. Eu não sou do mal. Quiserem tentar fazer isso... Eu sei que amanhã vai ter gente metendo o pau de volta, mas eu vou fazer o quê? Eu não tenho o que fazer. Eu não tenho que pedir desculpas do que eu não fiz. Isso eu não vou fazer. Eu peço desculpa para minha mulher, para minhas filhas que estão passando por isso, mas eu vou trabalhar, não vou ficar em casa. Trabalhei no Galo dois anos, aguentei isso, antes não tinha [essa cobrança]. Eu tenho 37 anos de casado, eu sou homem, sou íntegro, sou limpo e eu vou trabalhar."

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