Colunas / Fatos e Pitacos
Publicado em 16/02/2024, às 10h02 - Atualizado às 11h32 Bruna Varjão
A vida como tem que ser
Depois de 4 anos afastada, a festa está sendo uma benção
Que o carnaval de Salvador é um misto de sensações todo mundo já sabe. É no circuito que a gente reencontra amigos, relembra repertórios adormecidos e, no caso da advogada Mila Batista, se reconecta com as sensações mais íntimas. Aos 48 anos, o carnaval 2024 trouxe de volta o seu espírito de foliã. “Depois de quatro anos afastada do carnaval, aproveitar a festa foi uma benção. A abertura, segundo ela, foi épica. “Reencontrei amigos da época da escola e vi que ali era a vida como ela deve ser: sem distinção de classe, cor ou sexo. Todos juntos e pulando em paz, emanando alegria e agradecendo ao Senhor do Bonfim e a todos os Orixás pela oportunidade de estar vivendo esse momento mágico”, disse.
Críticas por ser extrovertida demais
Um bloqueio entre Mila e o carnaval
No passado, críticas por ser considerada “extrovertida demais” criaram uma espécie de bloqueio entre Mila e o carnaval. “As pessoas reclamavam que eu falava alto demais, que gritava demais, que saía pulando demais, que dançava demais, que deixava o cabelo bagunçado demais e bebia demais. E isso me deixava triste, pensando no que eu tinha feito de errado”, disse, pontuando que isso afetava seus carnavais. “Me chamavam de “maluquinha”, mas isso me incomodava muito. Um dia eu falei que não aceitava mais ser chamada assim, afinal eu não rasgava dinheiro. Eu era apenas uma mulher com uma personalidade única e deveria ser respeitada. O carnaval desse ano está sendo diferente”, enfatizou.
Virada de chave
“Decidi me aceitar com todas as minhas imperfeições”
Apesar do diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Mila conta que a terapia unida à maturidade foram cruciais para ela conseguir reverter o quadro e obter a virada de chave da melhor folia de sua vida. “Decidi me aceitar com todas as minhas imperfeições e tudo fluiu melhor. Antigamente, ia para o carnaval preocupada com quem iria encontrar ou com a roupa que iria vestir. Hoje não preciso de mais nada disso. Estou em paz. Só quero estar confortável e me divertir. Minha única preocupação é aproveitar ao máximo o momento. Hoje eu estou muito mais plena e nem tinha consciência de que isso era possível”, conta.
Estar bem consigo mesma
“Foi a volta da sensação despreocupada de felicidade”
Sempre se sentindo constrangida entre amigos por ser “feliz demais”, Mila reforça que o carnaval 2024 lhe serviu como um reencontro com o seu lado foliã. “Foi a volta daquela sensação despreocupada de felicidade”, define, completando que esse sentimento tem muito a ver com estar bem consigo mesma e em conexão com pessoas que estão comprometidos apenas “em curtir”.
Eu me basto
“Sou feliz sozinha e o que quer que aconteça é apenas pra somar”
Com questões emocionais controladas, Mila garante ter entendido o quanto ela “se basta” e que a felicidade pode ser encontrada nas ruas carnavalescas de Salvador e na liberdade de poder ser quem é. “Com a maturidade veio a paz e a certeza de que me basto. Hoje sou feliz sozinha e qualquer coisa que aconteça é apenas para somar. Hoje, sinceramente, não me preocupo com a opinião alheia. Então no carnaval, se eu estiver pulando, feliz, extravasando, amém! E carnaval tem muito disso. Dessa liberdade. Ser quem a gente é! Sem máscaras!”, garante.
Onde Mila curtiu:
Quinta - Abertura do carnaval e bloco Mudei de Nome
Sexta - Barra (camarote Bradesco)
Sábado - Pipoca na Barra
Terça - Pipoca de Ivete, Mudei de Nome, Durval Lelis, Saulo, Xanddy e Timbalada
Classificação Indicativa: Livre
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