Durante a Audiência Pública que discutiu o tema habitação dentro do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), realizada nesta segunda-feira (28), o vereador Everaldo Augusto (PCdoB) saiu em defesa de moradia: “os movimentos de luta por moradia vieram debater as condições a que estão expostos. Estas pessoas não têm acesso a transporte, hospital, creche, escola e equipamentos básicos”, destacou.
O plenário do Centro de Cultura da Câmara ficou lotado de lideranças comunitárias e moradores de conjuntos habitacionais populares. Os coordenadores do Movimento Frente de Luta, Núcleo Pirajá/Canto do Rio, criticaram o PDDU. “Não vemos, em momento algum, nosso rosto neste Plano. Somos levados para áreas bem distantes onde não há o mínimo de condição de moradia. Estamos há 4 anos sem equipamentos como: transporte, creches e escolas. A prefeitura sabe que estamos lá mas nada é feito.”, destacou Rita Sabadelhe.
“O prefeito não pode dizer que não sabe que os conjuntos habitacionais estão habitados porque é a prefeitura que libera a construção. Temos ali uma população crescente sem condições mínimas e nada é feito. Isso não é planejamento.”, ponderou Naelcio Cleon.
Everaldo criticou as regras adotadas pelo executivo municipal: “na hora de discutir os interesses do capital, sobretudo do capital imobiliário das empreiteiras, o PDDU tece detalhes, mas quando a discussão é o interesse popular as questões são generalizadas".
O parlamentar também cobrou prazo para regulamentação e implantação das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), previstas no PDDU e para onde serão dirigidos investimentos de urbanização, além de metas de erradicação de moradias precárias na cidade e um plano emergencial para dotar os conjuntos habitacionais do Minha Casa Minha Vida de linhas de ônibus, escolas, creches, postos de saúde, áreas de lazer e outros equipamentos.
