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ADEMI-BA debate sustentabilidade e economia em convenção

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A programação foi aberta com discurso do Secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 04/12/2021, às 17h54   Redação


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A 31ª Convenção Anual da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-BA) debateu sustentabilidade e economia na sexta-feira (3), no Tivoli Ecoresort, em Praia do Forte, no litoral norte baiano. O evento, que começou na quinta-feira (2) e termina neste sábado (4), é um dos mais esperados da entidade.

A convenção este ano também conta com a 5ª edição do Fórum de Líderes e Investidores do Mercado Imobiliário (FLIMI), conhecido por discussões acerca dos principais temas que impactam a indústria da construção civil e do segmento da incorporação imobiliária de todo o país.

O secretário municipal de Saúde de Salvador, Leo Prates, discursou na abertura da programação do dia nesta sexta. Ele defendeu não existir uma dicotomia entre a economia e a saúde, necessitando os dois lados andarem juntos: “Salvador se torna uma das capitais que mais vacinou contra a Covid no Brasil, mas as nossas preocupações são com o futuro dessa desigualdade social que se instaurou. Não existe essa dicotomia entre economia e saúde ou economia e pandemia. A gente só vai conseguir enfrentar os problemas sociais com geração de emprego, com comida na mesa das pessoas”.

Durante o evento, Cláudio Cunha, presidente da Ademi-BA, destacou a vacinação dos trabalhadores da construção civil durante a pandemia e elogiou o desempenho de Leo Prates à frente da Secretaria Municipal de Saúde: “Foi muito oportuna a decisão de reconhecer a construção civil como atividade essencial. Com a força da união dos associados, a Ademi-BA cumpre o papel na interlocução com os poderes públicos, com o objetivo de agilizar a execução de projetos para atender a demanda do mercado baiano”.

Ainda no segundo dia de debates, Carlos Marden, presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado da Bahia (Sinduscon), parabenizou a Ademi-BA e sua gestão pelo evento: “É uma imensa satisfação estar nesta 31ª Convenção Anual, pois nos congrega de forma tão espontânea. Ouvimos os trabalhos que nos são apresentados, as atualizações necessárias para o nosso setor e tudo sempre no espírito de construção”.

Debates

O primeiro debate do dia foi com o economista Rodolfo Margato, que falou sobre as perspectivas da economia do Brasil para 2022. Para o cenário brasileiro, ele destacou os setores que crescem de formas diferentes, a oscilação do varejo, a queda da indústria pela falta de matéria prima e o crescimento dos serviços. “O Brasil reflete muito o que está acontecendo lá fora, pois o país não é uma ilha. Porém, o ano que vem tem a questão eleitoral, que a gente vai monitorar ao longo de todo o ano, mas tem o ponto de virada que é a inflexão da inflação. Quando ficar claro que a inflação vai ficar numa trajetória de queda, ali é o momento de uma melhoria importante na IBOVESPA. Então, vamos ficar de olho, pois este é um ponto importante para 2022”, alertou.

Também presente no evento, a secretária da Fazenda de Salvador, Giovanna Victer, falou da importância do segmento imobiliário para a economia: “Nos últimos dois meses, nós estamos acompanhando uma série de análises e prospecções a respeito de 2022. Eu entendo o setor imobiliário de uma cidade como se fosse os músculos de um organismo. Quando o setor imobiliário está forte, a gente gera emprego, gera renda e o país cresce. E o que fez não ser pior a variação negativa de 0,1% do PIB do Brasil foi o setor industrial, que ficou estável, e a construção civil, que cresceu 3,9%, apesar da falta de insumos”.

Na segunda palestra do dia, o advogado e professor Talden Farias abordou o tema Licenciamento Ambiental Municipal e opinou sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7007, que o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), por unanimidade, referendou liminar para manter suspensos dispositivos da Lei estadual 10.431/2006 da Bahia sobre o licenciamento de empreendimentos ou atividades que compreendam as faixas terrestres e marítimas da Zona Costeira.

“Com todo respeito, essa decisão do relator, o ministro Ricardo Lewandowski, é equivocada. Nós temos que entender que o STF às vezes concede decisões contraditórias em matéria de licenciamento ambiental. Essa matéria precisa ser discutida com profundidade, inclusive com os municípios. Para regularização ambiental de atividades que compreendam as faixas terrestres e marítimas da Zona Costeira, eu acredito, inclusive interessante a municipalização da responsabilidade e fiscalização”, defendeu Talden Farias.

No encerramento da programação da manhã de sexta-feira, o advogado e professor Georges Humbert debateu sobre Área de Proteção Permanente (APP) em área urbana e a revisão do tema 1010 no Superior Tribunal de Justiça (STJ). “O Código Florestal brasileiro diz que áreas urbanas e federais têm que destinar a mesma Área de Proteção Permanente. Não dá para ter o mesmo tratamento de, por exemplo, um hectare no Pará e o mesmo em Salvador, dentro de área urbana. A gente tem que preservar e proteger o ecossistema, pois a gente precisa deles para viver, mas eu tenho que ter desenvolvimento econômico e social. Temos que somar meio ambiente, economia e social. A lógica é ter um equilíbrio”, pontuou.

Classificação Indicativa: Livre

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