Geral
por Leonardo Oliveira
Publicado em 11/06/2025, às 11h33 - Atualizado às 13h00
Com a crescente popularidade dos carros com câmbio automático no Brasil — que já representam mais da metade das vendas de veículos novos — muitos motoristas aproveitam o conforto de não precisar trocar de marcha, especialmente nos congestionamentos urbanos. No entanto, essa comodidade exige cuidados específicos para evitar danos que podem resultar em reparos caros e complexos.
Especialistas em engenharia automotiva alertam que a falta de conhecimento sobre o funcionamento da transmissão automática e a negligência na manutenção podem reduzir drasticamente sua vida útil. Para garantir a durabilidade do sistema e evitar prejuízos, é fundamental evitar alguns erros comuns.
Erros que podem danificar o câmbio automático:
1. Mudar para 'P' (Estacionar) ou 'R' (Ré) com o carro em movimento
Um dos hábitos mais prejudiciais é acionar a ré ou a posição de estacionamento antes que o veículo esteja completamente parado. Mesmo em baixa velocidade, essa prática gera um tranco no sistema, desgastando componentes internos como engrenagens e, com o tempo, pode levar a uma falha grave na transmissão.
O risco é ainda maior em câmbios mais antigos, que possuem acionamento mecânico, embora modelos mais novos contem com proteções eletrônicas que impedem esse tipo de engate.
2. Tentar fazer o motor "pegar no tranco"
Em caso de bateria descarregada, a tentativa de fazer um carro automático "pegar no tranco" não é recomendada e raramente funciona. Além de o sistema de injeção de combustível também necessitar de eletricidade, o risco de danificar seriamente a transmissão é muito alto.
Um dos perigos é o rompimento da correia dentada, que sincroniza as válvulas do motor. Se ela se romper, pode causar danos severos, como o empenamento de válvulas e danos aos pistões, exigindo uma retífica completa do motor. A orientação correta é utilizar uma conexão com outra bateria ("chupeta") ou trocá-la.
3. Ignorar a troca do óleo da transmissão
Muitos motoristas acreditam que o câmbio automático não requer manutenção, o que é um engano custoso. O fluido (óleo) da transmissão é essencial para lubrificar as engrenagens e, principalmente, para controlar a temperatura do sistema, pois o calor excessivo é um dos maiores vilões do câmbio automático.
É crucial seguir as especificações e os prazos de troca indicados no manual do proprietário. Mesmo em veículos que afirmam ter um fluido "vitalício", podem ocorrer vazamentos ou contaminação, comprometendo a lubrificação.
Sinais de problemas incluem fluido escurecido, trancos nas trocas de marcha ou a sensação de que o carro "patina", demorando a tracionar ao acelerar. Utilizar o óleo incorreto também pode causar danos irreversíveis.
4. Segurar o carro em subidas usando o acelerador
Manter o veículo parado em uma rampa apenas com a força do acelerador, sem usar o freio, é uma prática danosa. Embora não desgaste um disco de embreagem como nos carros manuais, essa ação força o conversor de torque e superaquece o fluido da transmissão, além de aumentar desnecessariamente o consumo de combustível.
A recomendação é sempre manter o pé no freio quando o carro estiver parado, independentemente da inclinação da via, para desacoplar o sistema e evitar sobrecarga.
5. Colocar o câmbio em 'N' (Neutro) em paradas curtas
Motoristas habituados a carros manuais costumam colocar o câmbio em ponto morto em semáforos ou congestionamentos, mas em um carro automático, a prática correta é outra. O ideal é manter a alavanca na posição "D" (Drive) e segurar o carro com o pedal do freio. Isso mantém o sistema hidráulico pressurizado e os componentes internos devidamente lubrificados.
A posição "N" (Neutro) foi projetada para situações de manutenção ou para rebocar o veículo com o motor desligado.
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