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Império baiano vai parar na justiça por briga de família

Reprodução/Ferbasa
Herdeiro briga por herança após ter sido escanteado pelo próprio pai  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Ferbasa

Publicado em 12/01/2022, às 20h53   Redação BNews


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A Ferbasa, uma das maiores fabricantes de ferroligas do Brasil e única produtora integrada de ferrocromo das Américas, é alvo de uma briga por herança na Justiça. Um dos herdeiros do fundador, José Eduardo de Carvalho está pleiteando ações da companhia que foram doadas pelo seu próprio pai, José Carvalho, à Fundação que leva o nome deste.  

A relação entre o herdeiro e o pai nunca foi das melhores e piorou depois da morte de Denise, irmã de de José Eduardo, em um acidente de carro em 1987, que seria a sucessora do fundador dos negócios da família, segundo conta o filho no processo, mesmo com José Carvalho já começando a transferir as ações para a fundação na década de 70.

Ainda no processo, José Eduardo de Carvalho afirma que filho teve acesso ao histórico fiscal e soube do testamento de R$ 2 milhões para a família, após a morte do pai em 2015.

Valor da empresa

Hoje, a Ferbasa vale na cotação da bolsa R$ 4,5 bilhões e 50,1% das ações da companhia pertencem à Fundação José Carvalho. Fundos como Blackrock, Kadima, Vanguard, Trigono têm cotas minoritárias e José Eduardo não tem nenhuma ação.

Mesmo neste momento de desgaste econômico provocado pela pandemia de Covid-19 e por outros fatores, inclusive políticos no Brasil, a Ferbasa acumulou, nos últimos 12 meses, alta de 122%, muito próximo da marca histórica.

Processos

José Eduardo já havia aberto um processo no ano em que o pai morreu, que tramita na justiça em sigilo, e agora começou outro, após não ter conseguido fazer um acordo com a empresa. As duas ações questionam a transferência das ações para a fundação, pedindo a sua nulidade.

Para os advogados do herdeiro, os processos debatem a ilegalidade de transferência acima daquilo que a legislação permite, que seria a doação de 50% do patrimônio. Eles alegam que a forma como ocorreu transferência das ações demonstra que houve uma “verdadeira ginástica societária para driblar a legislação”, já que a passagem das ações se deu de forma fracionada entre as subsidiárias Crumita e Jacurici.

O valor discutido no processo é de R$ 1,77 bilhão.

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