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Mãe implora por atendimento antes do filho morrer por falta de maca para obeso

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O jovem sofreu três paradas cardíacas após aguardar atendimento dentro da ambulância  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/01/2023, às 10h34 - Atualizado às 10h35   Cadastrado por Pedro Moraes


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Um jovem, de 25 anos, morreu, nesta quinta-feira (5), após ser vítima de descaso sofrido dentro de uma ambulância devido a ausência de uma maca para obesos. É o que garante a mãe da vítima, Andreia Marco da Silva, de acordo com informações publicadas pelo portal g1. Segundo ela, para que fosse ouvida precisou implorar recorrentemente na porta do Hospital Geral de Taipas, na Zona Norte de São Paulo.

Por meio de um vídeo, é possível ver a mulher entrando e saindo da entrada do pronto-socorro desesperada por auxílio médico. Tudo isso aconteceu após Vitor Marcos ser direcionado para a unidade de saúde após ter atendimento recusado em outras unidades de saúde.

"Me ajuda, por favor, socorro, ele está aqui. Meu filho está morrendo na ambulância. Cadê os médicos desse lugar, meu Deus, por favor", desabafa. 

Vitor Augusto Marcos de Oliveira possuía obesidade e teve momentos de mal-estar pela manhã. Após ser atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Perus, a vítima foi encaminhada para outros hospitais.

“A saga começou quando meu filho chegou no Hospital Cachoeirinha, que onde falaram que não tinha suporte para obeso. Aí eu fiquei louca: "como assim? Se o Cross [central de regulação de ofertas e serviços de saúde] mandou a vaga para cá, como que não vai aceitar"?, confessou ela, em entrevista à TV Globo.

Conforme informações publicadas pelo portal g1, a Secretaria Estadual da Saúde afirma, por meio de nota, que investiga o atendimento "para que sejam tomadas as devidas providências."

Com cerca de 190 kg, Vitor tinha precisão de uma maca especial, questão que virou um tremendo problema para a transferência. Antes dele chegar no Hospital Geral de Taipas, outras duas unidades de saúde tiveram a presença da vítima, mas em todas o atendimento foi negado.

Dentro do Hospital, ainda conforme a publicação, ele aguardou por mais de três horas na parte interna da ambulância por uma maca espefícica para obeso. A mãe ainda relatou que, devido a demora, o jovem enfrentou três paradas cardíacas e recebeu atendimento pelos socorristas do Samu dentro da ambulância.

"Foi negligenciado, meu filho foi. Meu filho não tem o direito de ter uma maca, meu filho ficou em um assoalho, isso eu nunca vou esquecer. Meu filho morreu em cima de um assoalho, ele não teve direito de morrer em cima de um colchão”, afirmou Andreia.

“O sentimento da perda nunca vai ser bom, não importa se é filho, irmão, pai, mãe, não importa. A dor do luto é muito difícil. Mas o que eu quero deixar bem claro para as redes públicas, é que dê suporte a obesos, para que outras mães não venham passar o que eu passei”, acrescentou. 

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