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Motorista da Uber some com doces e salgados de casamento e deixa prejuízo de R$ 2 mil

Arquivo pessoal
O caso de possível crime de apropriação indébita está sendo investigado pela Polícia Civil  |   Bnews - Divulgação Arquivo pessoal

Publicado em 19/05/2022, às 17h44   Redação BNews


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O casamento já estava todo organizado, mas momentos antes de iniciar a festa, os doces bem-casados que estavam pra chegar simplesmente não aparecem. A situação aconteceu em um hotel fazenda de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último fim de semana.

Segundo reportagem do g1, a proprietária do espaço, Ana Maria Santos, solicitou a entrega através do aplicativo Uber Flash, mas o motorista não apareceu e, ao ser indagado sobre o ocorrido, disse que foi orientado pela empresa a descartar o material.

O caso de possível crime de apropriação indébita está sendo investigado pela Polícia Civil. "Fazemos casamento no espaço, fechamos o hotel fazenda de sexta a sábado com pacote completo e temos parceiro de salgados e buffet. No sábado, a noiva achou que um determinado doce era bem-casado, mas não era. Entramos em contato com esse parceiro que falou que tinha disponibilidade para nos enviar 150 doces", contou a empresária.

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O g1 diz que além dos bem-casados para o casamento, Ana Maria solicitou mil salgados congelados para o estoque do hotel, totalizando R$ 2 mil da compra.

A corrida de aplicativo foi solicitada e paga pelo cartão, com previsão de entrega para às 21h47 do último sábado (14), onde seria necessário informar o código para receber os produtos. "Próximo do horário fomos para a portaria com o pessoal do cerimonial e os seguranças, mas o motorista não apareceu. Ligamos dez minutos depois e, primeiro, ele disse que tinha entregado para uma mulher os produtos e a ligação caiu. No segundo contato, ele afirmou que estava perdido em uma estrada de terra, só que não tem estrada de terra para chegar aqui. Ele fala que entregou, depois fala que não achou o endereço", detalhou Ana Maria.

Logo depois o homem encerrou a corrida. Já no domingo (15), Ana Maria e a sócia fizeram contato com a Uber por uma rede social e, após relatar os fatos, ela foi informada que o valor da corrida, de R$ 74, seria estornado. No entanto, nada foi feito em relação aos doces e salgados.

Foi então que Ana Maria começou a procurar o motorista pelas redes sociais e conseguiu localizar o profissional pelo Facebook. "Deixei o número de contato, ele ligou pelo WhatsApp e, quando me identifiquei, ele começou a xingar. Disse que eu deveria resolver com a Uber, que não era nada com ele. Sobre os doces e salgados, ele disse que tinha jogado em um lote vago", contou.

Em um dos áudios encaminhados às sócias, o homem afirma que a orientação de descarte foi do aplicativo.

"Resolve com a Uber, não é comigo, não. Fui no endereço certo, assim que cheguei no local liguei para vocês, mandei mensagem. Reportei para a Uber, o próprio aplicativo mandou descartar a mercadoria. Eu estava a trabalho e não poderia rodar com aquilo dentro do carro. E, outra coisa, ficou dentro do porta-malas e estragou", disse o motorista.

Ainda de acordo com o g1, o casamento foi realizado, mas sem os bem-casados. Ana Maria afirma não ter recebido o suporte necessário da Uber.

"Não estou reivindicando o prejuízo, apesar de ter perdido a mercadoria, mas quero alertar outras pessoas que esse problema existe. A Uber só disse que vai estornar o valor da corrida, mas não disse nada dos produtos. Além disso, a plataforma me mandou e-mail afirmando que eu usei linguagem inadequada e tive comportamento agressivo. Uso sempre o aplicativo para deslocamento e não imaginei que seria esse transtorno ao usar o Uber Flash", finalizou.

A reportagem do g1 Minas entrou em contato com a Uber questionando quais as providências tomadas pela empresa, se a orientação é sempre descartar mercadorias dos clientes, se a plataforma já entrou em contato com o motorista, se terá alguma punição e o que seria feito em relação ao valor da mercadoria.

A empresa encaminhou nota sem responder aos questionamentos.

Veja o comunicado na íntegra.

"A Uber está à disposição das autoridades competentes para colaborar, nos termos da lei. É importante ressaltar que, no Uber Flash, usuários podem solicitar a motoristas parceiros viagens para o transporte de objetos como pacotes, presentes, documentos e outros artigos pessoais, de porte médio ou pequeno, que possam ser acomodados com segurança no porta-malas do veículo.

Não é permitido enviar itens de valor ou cujo transporte seja proibido por lei ou pelas regras da categoria. Itens essenciais e/ou com valor superior a R$ 500 não podem ser transportados, de acordo com os termos de uso da modalidade de serviço. Antes de cada solicitação, as regras do Uber Flash são exibidas no aplicativo para que o usuário possa verificar e concordar antes de seguir com o pedido".

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