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'Na noite de SP, é muito policial armado', diz segurança de show em que Leandro Lo foi morto

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Pelo menos 6 agentes públicos de segurança entraram armados e entregaram documentos para a organização do show na entrada.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Instagram

Publicado em 10/08/2022, às 14h26   Redação Bnews


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Moisés Amorim é o chefe da segurança do evento em que o lutador Leandro Lo foi morto com um tiro na cabeça. Ele informou que seis pessoas, das cerca de 1.500 que estavam no show, se apresentaram como policiais ou agentes de segurança pública, fizeram um cadastro e entraram portando armas de fogo no local.

De acordo com o chefe de segurança, 40 vigilantes estavam trabalhando no show do Pixote no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, na noite de sábado (6), quando ocorreu o crime. Não foram registradas outras confusões até o momento do disparo, segundo o segurança.

Segundo Amorim, todos os visitantes foram revistados na entrada do evento, mas o número de policiais de folga que levam armas em eventos noturnos tem sido cada vez maior nos últimos anos.

"Na noite de São Paulo, é muito policial armado”, disse ele.

O tenente da Polícia Militar Henrique Veloso, autor do disparo, teria sido identificado rapidamente justamente por conta do cadastro.

Para Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), "agentes públicos que demonstram desequilíbrio emocional devem ser rapidamente retirados das ruas, perder suas armas de fogo e passar por um tratamento psicológico adequado”.

No entanto, a lei federal nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, libera o porte de armas para policiais, mesmo de folga.

Apesar disso, o chefe de segurança do evento, Moisés Amorim disse que não concorda com essa determinação legal. Ele afirmou que, ao longo de 15 anos, já presenciou várias agressões por parte de policiais de folga.

“Eu mesmo já levei coronhada de policial em um evento. Fui intervir em uma confusão, o cara sacou a arma e levei uma coronhada na cara, mas poderia ter sido um tiro”, declarou.

“A gente já sabe que eles nunca guardam [a arma], estou há muitos anos na área, já teve muito problema com isso. Já teve caso de policial chamar viatura para a gente, conheço seguranças que foram chamados à delegacia para se explicar”, completou Amorim.

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