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VÍDEO: Vítima de racismo, professora tira roupa para provar inocência em mercado

Reprodução/ Redes Sociais
A professora percebeu que estava sendo seguida para todos os lados e chegou a confrontar o segurança, perguntado se ela era uma ameaça para a loja  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais

Publicado em 09/04/2023, às 17h05 - Atualizado às 17h10   Cadastrada por Letícia Rastelly


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Depois de ter sido seguida por um segurança em um supermercado da rede Atacadão, em Curitiba, a professora negra Isabel Oliveira, de 43 anos, resolveu voltar a unidade só que dessa vez apenas com roupas íntimas. O protesto foi realizado na sexta-feira (07) e fotos e vídeos estão circulando pela internet desde então.

No dia em questão, ela percebeu que estava sendo seguida para todos os lados e chegou a confrontar o segurança, perguntado se ela era uma ameaça para a loja. Ele negou. Ainda no estabelecimento, ela ligou para a polícia para denunciar a situação de racismo, mas a situação não foi levada a diante pelos militares.

Ao G1, a professora contou que foi questionada pelos policiais se funcionários da empresa recusaram atendimento ou se houve algo que caracterizasse crime de racismo. Depois disso a gerente da loja foi até ela, ofereceu um copo d’agua e disse que a empresa iria tomar as providências cabíveis.

Horas depois, ainda indignada com a situação, Isabel resolveu voltar ao mercado, dessa vez usando apenas calcinha e sutiã de uma cor que se assemelhava a sua pele, com a escrita em seu corpo ”sou uma ameaça”?.

“Quando eu vim vestida, estava com um segurança atrás de mim. Aí eu voltei, agora nua, para garantir que eu leve a latinha de leite da minha filha e não tô roubando nada”, disse a professora durante o protesto

"Eu não fui sexualizar nada, era um corpo perguntando se podia ser uma ameaça para aquele ambiente", disse a professora que vem sendo acusada nas redes sociais. Em vídeo publicado em sua página, Isabel, emocionada, contou que se sentiu como uma "marginal".

Ainda na gravação, ela disse que isso não podia ficar assim e iria procurar uma delegacia na segunda (10) para registrar a queixa. “Não pode ficar assim, eu tenho dois filhos, não quero que eles passem por isso (...) Eu ontem errei ao fazer isso, mas eu preciso fazer a denúncia (...) Fui tratada como se fosse uma marginal. Fiquei sendo seguida por um segurança dentro do mercado por mais de meia hora”, lamentou a professora.

A empresa se pronunciou por meio de nota, afirmando que apurou o caso, ouviu os funcionários e analisou as imagens de câmera de segurança e ainda não identificou indícios de abordagem indevida e que se colocou à disposição de Isabel.

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