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Servidor da Funai e jornalista inglês desaparecem na Amazônia; Marinha realiza buscas

Montagem / Divulgação/Funai e Reprodução Twitter/@domphillips
Bruno Araújo Pereira, servidor da Funai e indigenista, além do jornalista Dom Phillips, do "The Guardian" despareceram no município de Atalaia do Norte, neste domingo (5)  |   Bnews - Divulgação Montagem / Divulgação/Funai e Reprodução Twitter/@domphillips

Publicado em 06/06/2022, às 18h05   Redação BNews


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O servidor da licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Araújo Pereira, e o jornalista Dom Phillips, colaborador do jornal "The Guardian", desapaceram, neste domingo (5), no município de Atalaia do Norte, no Amazonas, que fica próximo da divisa com o Peru.

Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) afirmou que eles desapareceram no trajeto entre a comunidade Ribeirinha São Rafael e a cidade que fica no noroeste amazonense.

Eles teriam sido vistos pela última vez, de acordo com a entidade, quando chegaram na comunidade São Rafael por volta das 6h de ontem e onde conversaram com a esposa do líder comunitário apelidado de Churrasco.

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De lá, eles partiram rumo a Atalaia do Norte, uma viagem que, segundo o G1, dura aproximadamente duas horas, mas não chegaram ao destino. Eles viajavam com uma embarcação nova, de 40 cavalos, e 70 litros de gasolina, o suficiente para a viagem.

Os dois se deslocaram com o objetivo de visitar a equipe de Vigilância Indígena que se encontra próxima à localidade chamada Lago do Jaburu (próxima da Base de Vigilância da FUNAI no rio Ituí), para que o jornalista visitasse o local e fizesse algumas entrevistas com os indígenas.

Também conforme a Univaja, Bruno Araújo Pereira recebia constantes ameaças de madeireiros, garimpeiros e pescadores.

Por outro lado, Bruno é "experiente e profundo conhecedor da região, pois foi Coordenador Regional da Funai de Atalaia do Norte por anos". Além disso, desde 2018, ele e Philips, que mora em Salvador,  fazem expedições juntos na região.

O jornalista inglês, de acordo com o The Guardian, mora em Salvador e faz reportagens sobre o Brasil há mais de 15 anos para veículos como Washington Post, New York Times e Financial Times, além do Guardian.

"Enfatizamos que na semana do desaparecimento, conforme relatos dos colaboradores da Univaja, a equipe recebeu ameaças em campo. A ameaça não foi a primeira, outras já vinham sendo feitas a demais membros da equipe técnica da Univaja, além de outros relatos já oficializados para a Policia Federal, ao Ministério Público Federal em Tabatinga, ao Conselho nacional de Direitos Humanos e ao Indigenous Peoples Rights International", pontua o informe da Univaja.

Investigações e buscas

Conforme a Funai, Bruno não estava em missão institucional na região, apesar de ser servidor da Fundação. O caso é investigado pela Polícia Federal (PF).

Nesta segunda-feira (6), a Marinha do Brasil enviou uma equipe para procurar os dois. A instituição será a responsável por conduzir as atividades de busca na região por meio do Comando de Operações Navais.

"A Marinha do Brasil informa que tomou conhecimento no fim da manhã desta segunda (6) do desaparecimento de uma embarcação de pequeno porte, em Atalaia do Norte (AM), próximo à comunidades São Rafael. Uma equipe de Busca e Salvamento (SAR), subordinada à Capitania Fluvial de Tabatinga foi direcionada ao local de ocorrência", informou a entidade, através de nota.

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