Justiça

"Gravidez forçada é tortura!", gritam mulheres em porta de hospital onde criança estuprada foi internada

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Ativistas prestaram solidariedade à vítima na noite deste domingo (16)  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Mídia Ninja

Publicado em 16/08/2020, às 20h36   Henrique Brinco


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Um grupo de mulheres foi para a porta de um hospital no Recife (PE), na noite deste domingo (16), para denfender o direito da menina que ficou grávida aos 10 anos após ser estuprada pelo próprio tio, de 33. Elas são integrantes do Fórum De Mulheres de Pernambuco.

"Gravidez forçada é tortura! Aos 10 anos, é morte", gritaram as ativistas no local. Mais cedo, um grupo de religiosos também foi ao hospital para protestar contra o aborto. Eles tentaram invadir a unidade, mas foram impedidos pela Polícia Militar.

Entenda o caso
A informação sobre a autorização judicial para o aborto foi antecipada pela TV Gazeta, afiliada da TV Globo no estado. No despacho, publicado na última sexta-feira (14), o juiz da Vara da Infância e da Juventude da cidade de São Mateus, Antonio Moreira Fernandes, determinou que a criança seja submetida ao procedimento de melhor viabilidade para preservar a vida da vítima.

Para respaldar sua decisão, o juiz disse em seu despacho que atendeu ao desejo da vítima, que não quer dar continuidade à gestação. De acordo com a legislação brasileira, o aborto é autorizado em casos de gravidez resultante de estupro, desde que o procedimento tenha consentimento da gestante ou, em caso de incapaz, de seu representante legal.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, buscas foram feitas em cidades do interior da Bahia, onde residem os familiares do suspeito, mas a polícia informou que o paradeiro dele é desconhecido.

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