Política

Toffoli arquiva pedidos de investigação contra Guedes e Campos Neto por offshores

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Bnews - Divulgação Nelson Jr./SCO/STF

Publicado em 09/10/2021, às 12h11   Redação BNews


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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli arquivou dois pedidos para que a Corte solicitasse à Procuradoria Geral da República (PGR) a abertura de investigação contra o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre offshores em paraísos fiscais. As informações são do Poder360.

Os pedidos foram feitos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e pelo PDT. Em seus despachos, Toffoli diz que o requerente pode apresentar a notícia-crime diretamente à PGR. Para ele, não cabe ao “Judiciário imiscuir-se na atuação daquele órgão ou substituir o cidadão nesse encaminhamento”.

A defesa de Guedes emitiu nota comemorando a decisão. “Não há ilegalidade em manter um veículo de investimento no exterior, declarado à Receita e demais órgãos competentes, muito antes de Paulo Guedes ingressar no governo”.

Apesar do arquivamento feito por Toffoli, Guedes e Campos Neto são investigados preliminarmente na PGR. O caso foi aberto pelo procurador-geral, Augusto Aras, na segunda-feira (4).

Entenda o caso

O ministro da Economia, Paulo Guedes, mantém uma empresa em paraíso fiscal mesmo após integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no início de 2019. As informações foram reveladas pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, na sigla em inglês).

De acordo com a investigação, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também manteve offshores mesmo após assumir o cargo em 2019. Ambos afirmam terem declarado à Receita Federal, porém, há sinais concretos de que o banqueiro respeitos as normas vigentes, enquanto Guedes não quis declarar a respeito.

O ministro da Economia mantém sua empresa aberta, mas não respondeu ao Poder360 de maneira direta se fez alguma movimentação, e, se fez, qual foi a natureza dessas operações. Já Campos Neto fechou uma de suas companhias 15 meses depois de ter assumido o comando do BC. O banqueiro afirma não ter feito também nenhuma remessa de recursos nem investimentos com os recursos lá depositados. 

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