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BNews Novembro Negro: Alunos do Sartre podem receber pena socioeducativa por mensagens racistas

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Publicado em 17/11/2021, às 20h32   Redação BNews


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Os alunos do colégio Sartre, em Salvador, que trocaram mensagens racistas em um grupo de WhatsApp podem sofrer uma pena socioeducativa, já que são menores de idade. A avaliação é da promotora Sara Gama, titular da promotoria de combate ao racismo e à intolerância religiosa. 

“A sociedade anseia por uma resposta. Já há uma indignação coletiva, graças a Deus. Mostra que, de alguma forma, não aceitamos mais essas práticas”, disse Gama, em entrevista à BNews TV dentro do Novembro Negro.

No último dia 10, o Ministério Público estadual abriu procedimento de notícia de fato para apurar as manifestações racistas registradas em aplicativo de mensagens que vieram a público ontem, supostamente realizadas por estudantes de uma escola particular de Salvador.

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Em nota, o MP afirmou que solicitará informações à unidade escolar sobre os fatos e a respeito das medidas que foram e serão tomadas pela instituição. "O MP esclarece que, caso a indicação da autoria seja atribuída a adolescentes, os fatos devem ser registrados na Delegacia do Adolescente Infrator (DAI),  em conformidade às previsões do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),  para que seja iniciada a apuração da responsabilidade de ato infracional, com o devido acompanhamento do MP".

A promotora Sara Gama explica que, após a resposta do colégio sobre o pedido do MP, as informações serão encaminhadas à promotoria da infância para as medidas serem tomadas. 

O caso

“Pretos morram”, “Pode macaco no ‘gp’?” e “Baniram piada de negros, porém não sabem que os negros já são a piada”, são algumas frases escritas por pelo menos sete estudantes do 1º ano da Escola SEB Sartre, no bairro do Itaigara, em Salvador.

Alguns alunos reclamaram da omissão do colégio. De acordo com um aluno, a direção da escola chegou a ser comunicada sobre o caso, mas teria agido de forma negligente diante da situação. Ao passar em uma sala de aula, uma coordenadora da unidade teria pedido para que o assunto não se transformasse em “opressão”, a fim, entretanto, de poupar os autores das mensagens de possíveis “constrangimentos”, conforme aponta o estudante, que preferiu não se identificar. 

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