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BNews ESG: fertilizante de lodo de esgoto é fonte tão eficiente quanto adubo mineral, diz estudo

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Estudo avalia eficácia agronômica do lodo de esgoto sanitário  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 13/09/2023, às 11h09 - Atualizado às 11h28   Cadastrado por Verônica Macêdo


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Resultados preliminares de pesquisa que está sendo realizada pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ/USP) indicam que fertilizante organomineral, produzido a partir de lodo de esgoto (FOM-LE), é uma alternativa ambientalmente segura e tão eficiente quanto os adubos minerais para a nutrição vegetal.

Além disso, pode representar economia ao produtor rural, ao permitir a reciclagem de nutrientes e matéria orgânica em áreas agrícolas. Há evidências, ainda, que o uso de FOM-LE tem potencial para substituir total ou parcialmente fertilizantes minerais em áreas de Cerrado e proporcionar benefícios na qualidade dos solos.

O estudo, que se encontra no segundo ano da pesquisa de campo, realiza-se na Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão da UNESP, no município de Selvíria-MS, abrangendo o cultivo sucessivo de soja e milho safrinha, em sistema de plantio direto.

Para isso, estão sendo testadas diferentes formas físicas do adubo (farelada, peletizada e granulada) e doses (70% e 100%, considerando a adubação mineral baseada em P2O5) de um FOM-LE, comparando sua eficiência agronômica em relação à fertilidade do solo, aos teores de nutrientes nas plantas, ao efeito residual, à presença de metais pesados e ao impacto sobre indicadores biológicos de qualidade do solo.

“A expectativa é de que o estudo contribua para o incentivo e aprimoramento de políticas públicas que permitam alinhar a ampliação dos serviços de tratamento e reaproveitamento do lodo de esgoto na produção desse tipo de fertilizante”, explica Fernando Carvalho Oliveira, engenheiro agrônomo e responsável técnico pelos fertilizantes da Tera Nutrição Vegetal. Ele também participa do andamento do estudo fornecendo apoio técnico.

A utilização de lodos oriundos do tratamento biológico de efluentes urbanos e industriais para a fabricação de adubos permite a reciclagem de nutrientes e matéria orgânica, redução de custos com a destinação do material em aterros sanitários e facilidade de transporte. “Esses fatores proporcionam a viabilidade econômica e a ampliação da adesão de produtores rurais ao uso de fertilizantes orgânicos”, conclui o engenheiro agrônomo.

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