Meio Ambiente

COP29: Brasil mantém alta e é 13º maior emissor de gases de efeito estufa no mundo, aponta estudo

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Brasil se prepara para estabelecer novas metas ambientais na COP 29  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Freepik

Publicado em 05/11/2024, às 10h02   Publicado por Vagner Ferreira



Um estudo avaliou a emissão de gases de efeito estufa nos últimos cinco anos em 70 países com base no pacto do Acordo de Paris, que planejava alcançar o limite de aquecimento global a 1,5°C acima do nível pré-industrial. O Brasil, no entanto, não teve reduções e é o 13º maior emissor.

A China, Índia e Indonésia dominaram o ranking geral. O estudo foi feito pelo projeto Ascor, de Avaliação de Oportunidades e Riscos Climáticos Soberanos, junto com a LSE (London School of Economics and Political Science).

De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o país teve aumento médio de 1,7% das emissões entre 2019 e 2023. As partes excluídas em uso da terra e florestas tiveram acréscimo médio de 0,8%. Desta forma, o país estaria descumprindo o seu papel no objetivo de 2030. Mesmo com a redução de 13,1% nas emissões em relação a 2019, os pesquisadores apontam que o Brasil não está alinhado com o número auge do traçado de Paris.

Ainda, foi informado que o páis está na contramão aa redução de subsídios aos combustíveis fósseis, além de não ter se comprometido a aprovação de usinas de carvão e não ter uma meta de emissão líquida zero em eletricidade.

Em contrapartida, o Brasil teve avaliação positiva em relação à existência de uma meta de emissão líquida zero para 2050, no aumento de áreas de conservação, no fato de ter convenções internacionais de direitos humanos, trabalhistas e indígenas e no compromisso com a melhora da eficiência energética. 

Na avaliação geral, o planeta segue lançando mais gases de efeito estufa na atmosfera. Em relação a 2022, o aumento foi de 1%, conforme informações do Our World in Data, da Universidade de Oxford. 

O Brasil se prepara para estabelecer novas metas ambientais, que devem ser apresentadas na 29ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 29), em Baku, no Azerbaijão, entre os dias 11 e 22 de novembro, onde o país deve ser um dos protagonistas em relação ao debate climático, visto a presidência do G20 em 2024 e o fato de sediar a COP30, a ser realizada em Belém em 2025. 

O Ministério do Meio Ambiente disse à Folha que a área sob alertas de desmatamento na Amazônia foi reduzida a 50% em 2023 ante 2022, evitando cerca de 250 milhões de toneladas de gás carbônico a mais na atmosfera. "O desmatamento é responsável por cerca de metade das emissões do Brasil e o compromisso do presidente Lula é zerá-lo até 2030", informou o documento.

"Também em 2023 o governo federal corrigiu retrocessos na meta climática brasileira, retomando compromissos assumidos no âmbito do Acordo de Paris (2015). A nova meta climática será apresentada ainda neste ano, elaborada a partir do processo do Plano Clima, em construção desde setembro de 2023", acrescentou. 

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