Meio Ambiente

COP29: Diretora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia explica estratégia para evitar "eventos climáticos cada vez mais extremos"

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Diretora do Ipam esteve nesta sexta-feira (15) no Pavilhão Brasil durante COP29  |   Bnews - Divulgação Divulgação / BNews

Publicado em 15/11/2024, às 14h40   Publicado por Vagner Ferreira



A diretora de ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), Ane Alencar, esteve na manhã desta sexta-feira (15) no Pavilhão Brasil durante a 29º Conferência  das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão, junto com demais autoridades e ambientalistas, para discutir as consequências e os combates das queimadas ao redor do mundo. 

“As mudanças climáticas têm sido fundamentais para a propagação de incêndios. Nós vimos, claramente, o que aconteceu em 2024, o Brasil inteiro pegando fogo. E isso foi em decorrência tanto das ondas de calor, que foram muito frequentes, como também da seca severa, que atingiu grande parte do país”, disse Ane, no Pavilhão Brasil. 

Durante discurso, a diretora explicou que as queimadas comprometem o desenvolvimento agropecuário do país. “O fogo começa normalmente nas áreas agropecuárias. Essa prática é utilizada, às vezes, para limpar uma pastagem, durante processo de conversão e de desmatamento. Mas quando o ambiente está muito seco, como esteve neste ano, ele acaba escapando e gera grandes incêndios florestais”

O painel desta manhã apontou que as queimadas atingiram cerca de 25 milhões de hectares em diversos biomas brasileiros, como na Amazônia e no Cerrado. Para evitar demais ocorrências, Ane destacou dois pontos importantes: o primeiro, a prevenção; o segundo, o combate. 

“Isso passa por uma articulação institucional, por recursos para estar ali na linha de frente, pela articulação com brigadas voluntárias, brigadas locais, brigadas comunitárias. É um conjunto de coisas que realmente tem que ser feitas para que a gente consiga controlar o fogo”, informou ela. 

“A gente precisa controlar o uso do fogo para evitar lidar com eventos climáticos cada vez mais extremos e frequentes. A solução é que a gente precisa ter mais recurso, mais conhecimento técnico na avaliação e até na interlocução com o governo”, concluiu. 

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