Meio Ambiente

Dia da Árvore: espécies centenárias são encontradas em diversos pontos de Salvador

Paulo M. Azevedo // BNews
Historiador falou ao BNews sobre a origem das espécies centenárias da capital baiana  |   Bnews - Divulgação Paulo M. Azevedo // BNews
Rafael Albuquerque

por Rafael Albuquerque

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Publicado em 20/09/2023, às 18h03


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O Brasil celebra o Dia da Árvore em 21 de setembro, que esse ano cai nesta quinta-feira, com objetivo de promover a conscientização sobre a importância da preservação das espécies e das florestas. Mas, além da importância da data, existem outras curiosidades como, por exemplo, a existência de árvores com mais de 200 anos nas ruas da capital baiana.

O historiador Rafael Dantas falou ao BNews sobre o assunto. “Durante alguns anos fiz pesquisas para realizar levantamento das árvores centenárias da cidade. As mais antigas estão na região do Canela, Corredor da Vitória, Campo Grande e, também, no Parque São Bartolomeu, localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador.

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Árvore nativa da Amazônia, a sumaúma localizada no Campo Grande por ter mais de 200 anos, segundo estimativa de especialistas. Ali bem perto, na Vitória, também existem outros exemplares centenários.

“Na Vitória tem a mangueira centenária que provavelmente tem mais de 200 anos. Na Avenida Centenário tem algumas árvores que são datadas do século 19 também. Há algumas outras árvores em reservas e áreas verdes da cidade com idades entre 100 e 150 anos”, afirmou Dantas.

Na região onde Dantas especificou existem mais de 130 pés de oitis que foram plantados há 108 anos, quando a Avenida Sete de Setembro foi inaugurada, em 1915: “É importante falar das árvores do Corredor da Vitória, da região entre a Graça e o Campo Grande, assim como trechos da Av. Sete de Setembro, que foram plantadas no século 20, seguindo planejamento de urbanização de Salvador na época”, destacou o historiador.

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As mudas que foram plantadas nessas áreas vieram do Rio de Janeiro. Trata-se de mudas de oitis que, segundo Rafael Dantas, foram plantadas “para modernizar a arborizar Salvador, eram referência de moderno. São da época em que se pensava na cidade da perspectiva do embelezamento. Hoje, muitas dessas árvores foram cortadas”.

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Assim como os locais citados pelo historiador, o Passeio Público, também na região do Centro de Salvador, abriga algumas árvores bastante antigas. Nesses locais há uma concentração de árvores urbanas que ainda resistem às mudanças vivenciadas pela cidade.

O que a sociedade espera é que o desenvolvimento da capital baiana seja aliado à preservação ambiental e que existam políticas públicas específicas para a preservação das árvores, que são o maior símbolo da natureza. A importância delas não para por aí, uma vez que também trazem benefícios à saúde humana, produzem oxigênio, aumentam a umidade do ar, evitam erosões, reduzem a temperatura e fornecem sombra e abrigo para diversas espécies de animais.

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