Meio Ambiente

Novo tipo de ebola é encontrado em morcegos, afirma estudo

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A descoberta foi relatada em um estudo publicado na revista científica Cell Press  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/02/2022, às 16h20   Redação Bnews


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Através de uma pesquisa realizada por um dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, pesquisadores encontraram em um morcego um novo tipo ebolavírus, e o denominaram Bombali. A descoberta foi publicada recentemente na revista científica Cell Press.

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Nele os cientistas informam que os morcegos são hospedeiros de diversas doenças que podem saltar de animais para humanos, o que é chamado de doença zoonótica. Uma das principais teorias de surgimento da Covid-19 é que o coronavírus tenha passado de um morcego para humanos. Outro exemplo de doença zoonótica conhecida é a gripe suína.

Segundo informações da pesquisa, existem seis espécies conhecidas de ebolavirus e a cerca de  40 anos, o patógeno circula pela África Oriental e Central.

No estudo a primeira etapa foi verificar se ela realmente tinha capacidade de infectar humanos então os pesquisadores analisaram como se o vírus Bombali interage com o sistema imunológico humano. Depois de isolar o vírus por meio de um processo de genética reversa, eles o expuseram  glóbulos brancos que se alimentam de organismos invasores.

Como o Ebola, o vírus Bombali "infectou células humanas e macrófagos humanos primários", relatam os autores, e foi capaz de "entrar eficientemente nas células" usando o mesmo mecanismo que seu primo viral. Embora ambas as doenças infectassem um número semelhante de macrófagos, os pesquisadores descobriram que elas alteravam o RNA das células de maneiras diferentes para alcançar a replicação.

E enquanto ambos induziram reações imunes das células do sangue, apenas o Ebola, e não o Bombali, provocou a implantação de uma resposta antiviral.

Em mais uma etapa eles utilizaram uma outra técnica conhecida como análise de componentes principais, e descobriram que algumas das principais diferenças na sequência genômica das duas doenças estão relacionadas a genes que codificam citocinas inflamatórias, quimiocinas e genes estimuladores de todas as partes importantes da resposta imune do corpo.

Embora a humanidade pós Covid não deseje nem próxima a idéia de uma doença nova, infelizmente temos que passar a acreditar, conviver e de fato temer essa nova ameaça. A esperança é que haja brevidade nos estudos para que quando haja uma explosão de casos tenhamos uma resposta pouco melhor para uma  doença potencialmente devastadora.

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