Advogado tenta fazer prova da OAB no lugar de outra pessoa e é preso em flagrante

Um advogado tentou fazer a prova da segunda fase da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no lugar de outra pessoa, no domingo (30), e foi preso em flagrante. De acordo com a Polícia Federal (PF), ele apresentou documento falso ao fiscal do exame, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), na Boa Vista (PE).

"Ele foi preso dentro da sala de aula. Não teve nenhuma resistência da parte dele", disse ao G1 o chefe de comunicação da Polícia Federal no estado, Giovani Santoro.

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A Polícia não revelou o nome do homem de 28 anos que foi preso. Ele mora em Jaboatão dos Guararapes e não possui antecedentes criminais, segundo a corporação.

De acordo com a PF, a investigação segue em andamento e teve início depois da troca de informações entre a Polícia Federal, a OAB e a coordenação do concurso, após a suspeita de que um candidato fazia a prova no lugar de outro. Em seguida, o suspeito foi abordado por agentes no local do exame e confessou que estava se passando por outra pessoa.

Depois da prisão, ele foi conduzido para a sede da PF, no Cais do Apolo, no bairro do Recife, na área central da capital pernambucana. O celular e os documentos do suspeito foram apreendidos para passar por uma perícia técnica.

O que diz o suspeito

Durante o interrogatório, o advogado preso afirmou que não realizou a primeira fase da prova da OAB, enviou a própria foto para fazer a documentação e recebeu a falsificação em casa.

O suspeito alega ter sido forçado a participar da fraude por um comerciante, que vendeu a ele cursos online e materiais para concursos. "Ele não informou nenhum valor, disse que fez tudo isso apenas como retribuição para esse amigo, que pagou cursos para ele. A investigação está apenas no início e segue até identificarmos quem é esse amigo", declarou Giovani Santoro.

Justiça Federal

Segundo a Justiça Federal, durante audiência de custódia feita na segunda (1º), na 13ª Vara do Tribunal Regional Federal (TRF), foi concedida liberdade provisória ao advogado.

Em caso de condenação, ele pode receber penas que variam de 2 a 10 anos de detenção, de acordo com a PF. Isso porque ele foi autuado por uso de documento falso, fraude em certame de interesse público e falsa identidade.