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Alagoas terá eleições indiretas antes das eleições de outubro; entenda

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Alagoas não tem vice-governador, por isso deputados estaduais terão de votar em eleições indiretas  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Facebook

Publicado em 05/04/2022, às 20h24   Redação BNews


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A corrida para as eleições de outubro mudou o comando de seis estados brasileiros, onde seis chefes do Executivo renunciaram aos cargos para lançar pré-candidaturas. Porém, Alagoas passa por uma situação inusitada após a renúncia do governador, o estado terá de passar por uma eleição indireta para governador e vice-governador antes das eleições gerais.

De acordo com a regra eleitoral, o vice-governador é quem assume o cargo na ausência do governador. E foi isso que aconteceu em São Paulo, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Sul e Ceará. Entretanto, o estado de Alagoas não possui ninguém no cargo, uma vez que Luciano Barbososa (MDB) foi eleito prefeito de Arapiraca.

Sem a figura do vice, quem deveria assumir o governo de Alagoas interinamente era o presidente da Assembleia Legislativa (ALE), o deputado estadual Marcelo Victo (MDB), mas ele abdicou. Assim, coube ao presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), o desembargador Klever Loureiro, comandar o executivo até a realização da eleição indireta, marcada para o dia 2 de maio.

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"É uma experiência ímpar. Com a renúncia do governador Renan Filho, seria o presidente da ALE, mas o [deputado] Marcelo Victor abdicou de assumir. Então, houve esse entrave. Aí vai, na escala sucessória, o presidente do Tribunal de Justiça, é o que diz a Constituição Federal. E nesse caminhar, seguindo os ditames da nossa Constituição, será instalado um procedimento para uma eleição indireta", afirma o governador interino, Klever Loureiro.

A eleição é indireta porque ela não acontece por meio de voto da população, como nas eleições gerais marcadas para outubro. São os 27 deputados estaduais de Alagoas que vão eleger governador e vice-governador que comandarão o estado até o final do ano.

O presidente da ALE-AL explica que a sessão será aberta e com voto nominal. Embora a votação seja feita pelos deputados, qualquer pessoa pode se candidatar, desde que atenda a requisitos pré-determinados. O edital com as regras para os candidatos deve ser publicado até a próxima sexta-feira (8).

"A eleição será em voto aberto, onde os parlamentares irão escolher em quem estão votando, tanto para governador, como para vice, em duas eleições, não é uma chapa como a gente vota nas eleições gerais", explicou o deputado estadual Marcelo Victor, presidente da ALE.

Cabe explicar que, mesmo que Marcelo Victor tivesse assumido o governo de forma interina, o Poder Legislativo Estadual teria que convocar uma eleição indireta para recompor o Executivo. Por isso, o cientista político Ranulfo Paranhos avalia que a decisão do deputado em declinar do cargo tem um cunho político.

“Todas as movimentações, desde a renúncia do Renan, o declínio do Marcelo e a posse do Klever, seguem a regra do jogo. Cada um desses personagens é um player do jogo e está agindo dentro do que se espera. Porém, a decisão do deputado é política. Ele avaliou se teria a capacidade de juntar um grupo para disputar a eleição majoritária e tomou a decisão de seguir como integrante do Parlamento se submetendo a uma votação popular, a vontade das urnas”, aponta o cientista político.

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