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Caso João Gabriel: Médico acusado de negligência é proibido de atuar em hospitais públicos

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A decisão judicial ocorreu nesse domingo e foi comemorada pelo irmão do menino nas redes sociais  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Instagram

Publicado em 03/08/2022, às 08h04   Redação


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O médico responsável pelo atendimento do menino João Gabriel de 3 anos que morreu após ser liberado duas vezes do hospital, está proibido de trabalhar em unidades de saúde públicas no Ceará. O caso de negligência médica aconteceu na cidade de Itatira, no interior do estado. A decisão judicial ocorreu no domingo (31).

De acordo com o G1, o Ministério Público já tinha denunciado o médico por homicídio culposo, devido a erro médico. O órgão ainda solicitou o cancelamento da inscrição do acusado no Conselho Regional de Medicina (CRM). Além disso, o MP também solicitou uma indenização de 200 salários mínimos por danos morais a ser paga aos familiares da criança.

A decisão foi comemorada pelo irmão de João Gabriel, o influenciador digital, Paulo Henrique. "Médico que atendeu Biel é proibido de atuar em hospitais públicos do Estado do Ceará. Mais vamos a frente lutar que ele nunca mais atenda um ser humano. Foi uma vida, não foi um brinquedo", publicou nas redes sociais.

Relembre o caso

A família de João Gabriel procurou uma unidade de saúde em Itatira pois a criança estava com febre e tosse. Em depoimento à polícia a família disse que nesse momento foi outro médico a atender a criança. Após receitar remédios, o menino foi liberado no dia 17 de abril.

Com o estado de saúde pior, já com dor de barriga, vômitos, moleza e desconforto respiratório, a família retornou ao hospital na madrugada do dia 18 de abril. A criança passou por triagem e foi medicada na unidade de saúde para controle da febre. O médico que estava atendendo a criança não compareceu para avalia-lo e o caso foi designado ao médico denunciado. Mesmo sem apresentar melhoras no quadro, o menino foi liberado.

Em casa, a criança não melhorou e retornou pela terceira vez ao hospital. Foi atendido pelo médico denunciado que receitou medicamentos, mas durante a estabilização João Gabriel piorou muito e a equipe solicitou leito na Central de Regulação e a preparação de uma UTI Móvel. Mesmo com processos de reanimação, a criança faleceu no início da tarde.

O resultado emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) constatou que a causa imediata da morte foi choque séptico e a causa básica foi pneumonia por pneumococo.

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