BNews Nordeste

Garoto que teve órgão genital decepado pelo padrasto teve que mudar de cidade por medo

Arquivo Pessoal
Segundo o advogado do pai da criança, Rodrigo Colares Freire, ele conseguiu modificação no formato da guarda  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 08/02/2024, às 06h50   Redação


FacebookTwitterWhatsApp

O garoto, de 5 anos, que teve o pênis decepado pelo padrasto no município de Canindé (CE), mudou de cidade por medo de represália da família do suspeito, padrasto, e da mãe. O padrasto, de 26 anos, foi preso em flagrante e indiciado por lesão corporal grave. Já a mãe da criança, de 27 anos, foi autuada por omissão, mas está em liberdade.

O inquérito que investiga o crime cometido contra a criança foi finalizado pela Polícia Civil e remetido ao Poder Judiciário. O pai estava com a guarda provisória do menino e lutava na Justiça para conseguir a guarda definitiva.

"Larguei tudo! Tive que mudar de cidade e ir embora com ele e com a minha família, por questões de segurança. Não tinha mais nem clima para a gente continuar lá", disse o pai da criança, que teve a identidade preservada, ao g1.

Segundo o advogado do pai da criança, Rodrigo Colares Freire, ele conseguiu modificação no formato da guarda, que agora é unilateral em favor do pai. Ainda de acordo com o especialista em direito de família, a mãe da criança tem que pagar pensão alimentícia ao seu cliente, sob pena de prisão. Outra decisão é que a família materna poderá ver o menor se for de forma supervisionada pelo pai.

"No hospital ela [mãe] deu três versões. Disse que meu filho tinha se ferido com um arame de caderno, falou que foi uma picada de mosquito e depois alergia. Mais os médicos desconfiaram e avisaram a polícia. Só um dia depois eu fiquei sabendo o que tinha acontecido com meu filho e ainda foi pela polícia", contou o pai da vítima.

Caso descoberto no hospital
O crime contra o garoto foi descoberto no dia 6 de dezembro, depois que a vítima deu entrada no Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza, com o órgão genital dilacerado e parte do membro em um isopor. O pai só foi informado no dia seguinte, quando a polícia entrou em contato.

O garoto teve o órgão genital reimplantado no mesmo dia em que deu entrada no hospital e ficou internado na unidade em recuperação por cerca de duas semanas. Segundo o pais da vítima, ele não morava na mesma cidade que a ex, com quem teve um caso, mas constantemente entrava em contato com a família dela para ter notícias do filho.

Ao site, ele relatou que foi através da família materna que começou a desconfiar dos maus-tratos sofridos pela criança. Por causa disso, ele chegou a registrar um Boletim de Ocorrência contra a mãe do menino.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp