Interditado desde 2016, condomínio com 200 famílias é desocupado por risco de desabamento

Um condomínio localizado no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes (PE) foi desocupado, na manhã desta terça (5), por equipes da Polícia Militar e da prefeitura. De acordo com a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS), aproximadamente 200 famílias moram no residencial, que está interditado desde 2016 por risco de desabamento.

Alguns moradores fizeram protesto contra a desocupação, no pátio do condomínio. Os blocos A, B e C do residencial, que fica na Rua Nossa Senhora de Fátima, possui 48 apartamentos.

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O Movimento de Luta por Teto, Terra e Trabalho (MLTT), iniciou a ocupação em 24 de julho, menos de três semanas depois do desabamento de um prédio no Conjunto Beira-Mar, em Paulista. A tragédia resultou em 14 mortos e 7 feridos.

Segundo a SDS, a desocupação cumpre uma reintegração de posse ordenada pela Justiça Federal para que o residencial seja desabitado imediatamente em razão do risco de desabamento.

"É uma ação muito mais humanitária. Nossa preocupação é com as vidas que estão dentro do edifício, para que elas saiam ilesas e vão para moradias determinadas pela prefeitura. Nós entramos no prédio de forma muito tranquila, com essa orientação de que elas devem sair para que não causem danos maiores em suas vidas", disse o tenente-coronel Washington Souza, comandante do Batalhão de Choque.

No total, aproximadamente 350 policiais militares participam da operação com a Companhia Independente de Policiamento com Motocicletas (CIPMoto), a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros, oficiais de Justiça e a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes.

Em nota, a prefeitura de Jaboatão dos Gararapes informa que "a desocupação do Condomínio Vila do Mar se dá por ordem judicial em ação movida pela empresa seguradora dos imóveis. A ordem de desocupação foi remetida ao governo do estado, que acionou a Polícia Militar que fosse cumprida a reintegração de posse".

Além disso, a gestão municipal afirma que disponibilizou apoio as famílias afetadas. "Colocamos à disposição um abrigo para acolher as famílias. Enviamos uma equipe para o local para prestar apoio logístico e fazer um cadastro social para identificar quais famílias são do município e se estão enquadradas nos critérios estabelecidos por lei para que sejam beneficiadas em programas habitacionais do governo do estado e do governo federal".