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Jovem é inocentada após ser acusada de furto por ter nome usado por irmã

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A jovem teve que comprovar várias situações recentemente para justificar sua defesa  |   Bnews - Divulgação SSPDS/Divulgação
Cadastrado por Pedro Moraes

por Cadastrado por Pedro Moraes

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Publicado em 05/05/2023, às 07h25


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Uma mulher teve o nome usado pela própria irmã e precisou fazer uma reviravolta na vida para ser inocentada. Aos 27 anos, a cearense, identificada como Ana Beatriz, tomou conhecimento de que a irmã se passou por ela ao ser presa por um furto na cidade de Fortaleza

Após cerca de dois meses, a vítima ganhou a inocência apenas nesta quinta-feira (4), com assistência jurídica da Defensoria Pública do Ceará. Durante todo esse tempo, Beatriz teve que comprovar com frequência que mora na mesma casa, além de ter sido impedida de viajar para fora do estado em virtude de uma denúncia contra ela por um crime que não cometeu, de acordo com informações divulgadas pelo portal g1. 

Considerada inocente, a mulher foi surpreendida com uma ligação informando que a irmã, Larissa Rute, em fevereiro deste ano, foi presa por furtar produtos em um supermercado no bairro Granja Portugal. No decorrer do flagrante na delegacia, a suspeita, que não portava documentos, informou o nome da irmã. Nesse caso, a vítima nunca teve passagem pela polícia.

Por outro lado, Larissa acumulava outros crimes, mas ganhou benefícios. Ao se passar pela irmã, inocente, ela virou ré primária, com a possibilidade de cumprir algumas medidas impostas pela Justiça. Desde então, as medidas eram cumpridas pela familiar inocente, que desejava se livrar do processo.

"Ela [Larissa, autora do furto] foi pra audiência de custódia, tem até as imagens dela, usando meu nome, se passando por mim. Quando a juíza autorizou a soltura dela, foi com algumas condições. Uma das defensoras que acompanhou o processo disse que eu tinha que ir imediatamente ao fórum, porque estava correndo o risco de eu ser presa", enfatizou Ana Beatriz.

Ainda segundo o g1, a defensora Beatriz Fonteles indicou que houve um erro na delegacia ao não ser constatada a identidade da suspeita de roubo, o que gerou a denúncia contra uma pessoa inocente. Agora, a Controladoria Geral de Disciplina, órgão que investiga a conduta de policiais do Ceará, lançou um processo para investigar o caso.

Com os argumentos apresentados pela Defensoria, a juíza Jacinta Inamar Franco Mota Queiroz determinou nesta quinta-feira a exclusão imediata do nome da jovem inocente da ação penal.

Quando alguém tiver conhecimento de que seu nome esteve envolvido em um processo do qual não participou, essa pessoa precisa acionar a Defensoria Pública do Ceará (DPCE), uma vez que esteja em situação de vulnerabilidade, ou acionar um advogado. 

Classificação Indicativa: Livre

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