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Jovem perde dois rins e irmã antecipa gravidez para ser doadora; assista

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A doadora 100% compatível foi sua irmã, a nutricionista Nathasha Saldanha de 31 anos  |   Bnews - Divulgação Arquivo Pessoal

Publicado em 03/10/2023, às 11h44   Cadastrado por Bruno Guena


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A vida da bióloga Bruna Rafaela Jardel Anchieta, de 34 anos, mudou completamente após um transplante de rim. A doadora 100% compatível foi sua irmã, a nutricionista Nathasha Saldanha de 31 anos.

Bruna Rafaela foi diagnosticada com Doença Renal Crônica em 2019, durante a segunda gestação, a bióloga recebeu a notícia que os dois rins não estavam funcionando corretamente. Foram muitos desafios enfrentados desde a descoberta da doença, até o momento em que o transplante ocorreu, no último dia 30 de setembro.

O processo de hemodiálise iniciou durante a gestação em um período de internação que durou 70 dias. Assim que Nathasha soube do problema da irmã, se colocou à disposição como doadora. Os exames de compatibilidade constataram o que elas mais queriam: Nathasha era uma doadora 100% compatível com Bruna.

"Ver minha irmã na hemodiálise todos os dias e sem contar os riscos que um paciente renal crônico tem, de alterações cardíacas, como também questão de inúmeras outras patologias, que podem ser associadas, me motivou", explicou.

Todavia, um sonho adiou a doação. Naquela época, Nathasha tinha 27 anos, não tinha filhos, e ela e seu esposo enfrentavam um problema de fertilidade. A orientação médica foi que ela engravidasse quanto antes, para passar pela gestação com os dois rins.

O transplante foi feito em Brasília, onde a equipe médica de Bruna se encontrava. Durante os quatro anos em que Nathasha se preparava para a doação, Bruna ficou na fila aguardando um doador.

“Ela estava na fila do transplante, pensando na perspectiva de ficar esperando um doador morto, enquanto passava todo esse processo da minha gravidez. Como o meu bebê é muito pequeno foi, pelo menos, mais de um ano para esse processo acontecer. Enquanto isso, ela estava na fila de espera, mas não chegou a possibilidade de ter um doador morto”, declarou Nathasha.

Pós-transplante

Bruna revelou ao G1 seus sentimentos após o transplante e disse que a sensação é praticamente inexplicável. "Chega a ser um pouco inexplicável porque é uma sensação de gratidão, de amor à vida, amor à vida da minha irmã também. Acho que o que resume mesmo é a gratidão, muita gratidão mesmo pela oportunidade", disse a receptora.

Defensoras da doação de órgãos

As irmãs Bruna e Natasha falaram também sobre o amor incondicional que sente uma pela outra e destacou que são defensoras da doação de órgãos. “Fiz questão de poder dar uma qualidade de vida pra ela e é algo que a gente defende [a doação de órgãos]. Quem passa na pele é que realmente deve levantar essa bandeira da doação”, salientou a doadora.

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