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Oposição de Fátima Bezerra não consegue encontrar candidato no RN

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Sua governança foi marcada pela paz com sindicatos, já com seu antecessor a relação não seguiu muito bem  |   Bnews - Divulgação Reprodução BrasildeFato

Publicado em 12/04/2022, às 18h19   Redação Bnews


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A governadora Fátima Bezerra (PT) anda dando dor de cabeça a seus opositores no Rio Grande do Norte, pois nenhum deles conseguiu ainda montar uma chapa competitiva para enfrentar a candidata.

A petista faz um mandato popular, mesmo sem grandes obras relevantes, e sua governança foi marcada pela paz com sindicatos, ao contrário do seu antecessor, o ex-governador Robinson Faria (PL), que teve uma relação muito conflituosa com as associações.

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O presidente Jair Bolsonaro não tem candidato ao governo definido, ainda que no Estado estejam os ministros Fábio Faria (PP), das Comunicações, e Rogério Marinho (PL), do Desenvolvimento Regional.

Desde a derrota dos Alves e dos Maias em 2018, o nome mais cogitado é o do prefeito de Natal Álvaro Dias (PSDB), que é seu opositor declarado e apoiou o ex-governador João Dória na prévia presidencial do PSDB. No entanto, diante da divisão interna no partido, que majoritariamente está na base aliada do governo estadual, Dias não quis a missão.

O presidente do PSDB, Bruno Araújo, apostou em Ezequiel Ferreira (PSDB) a sair candidato, mas também sem sucesso. O deputado Benes Leocádio (União Brasil), que originalmente era o nome apoiado por Marinho e Faria, chegou a dizer que retiraria a sua candidatura para apoiar o tucano. Ferreira, no entanto, anunciou que permanecerá na base do governo.

A queda da oposição  ficou completa quando, com a ajuda de Lula, Fátima conseguiu atrair o MDB, da família Alves, para a sua chapa. O deputado Walter Alves (MDB), primo e desafeto do ex-ministro Henrique Alves (PSB), deve ficar com a vaga de vice. O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), da mesma família, que chegou a ser cogitado para disputar o governo, também foi cooptado e deve sair candidato a senador na chapa. Com isso, restaria ao senador Jean Paul Prates (PT) disputar uma vaga na Câmara.

A governadora realizou concursos públicos de porte relevante e colocou os salários em dia, temas sensíveis para o Estado. No Nordeste, a administração pública tem um peso particularmente mais relevante na estrutura produtiva, representando 25,2% do valor agregado bruto contra 17,7% no país, de acordo com boletim regional do Banco Central.

No atual vácuo das candidaturas, inúmeros cenários são cogitados. Um deles seria concentrar forças em uma candidatura do senador Styvenson Valentim (Podemos), que se elegeu embalado pelo bolsonarismo e que vinha sendo defendido pelo ex-juiz Sergio Moro para o pleito no Estado. Ele aparece em segundo nas pesquisas. Outra opção seria lançar Fabio Dantas (Solidariedade), ex-vice-governador, ou a deputada evangélica Carla Dickson (União Brasil).

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