Polícia

Assassinato de funcionária do Detran foi premeditado pelo ex-marido

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Jaílson, que está custodiado no Hospital Geral do Estado (HGE), ingeriu veneno para ratos depois de cometer o crime  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 27/12/2017, às 08h30   Redação BNews



O comerciante Jailson Santos Mendonça, de 46 anos, planejou a morte da ex-companheira, a serventuária do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran), Maridalva da Silva Mendonça, 46, esfaqueada nesta terça-feira (26), na escadaria que dá acesso ao órgão de trânsito, em Pernambués. Jaílson, que está custodiado no Hospital Geral do Estado (HGE), ingeriu veneno para ratos depois de cometer o crime.

A conclusão é do delegado Guilherme Machado, coordenador da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), baseado em decisões tomadas por Jailson antes de cometer o crime.  Apesar do criminoso não confirmar, o delegado afirma que os indícios de que a morte foi planejada estão no fato dele ter feito um bilhete e de providenciar veneno para ingerir logo depois de esfaqueá-la. Jailson foi autuado por feminicídio e será encaminhado para o sistema prisional assim que receber alta médica do HGE.

Em depoimento prestado no hospital, Jailson alegou que morou com a vítima durante dois anos em Muritiba, mas que há dois meses estavam separados. O motivo do fim do relacionamento seriam as brigas motivadas por ciúmes de ambas as partes. “Eles subiram a ladeira juntos. Em determinado ponto Jaílson abriu uma maleta, tirou uma faca, e passou a desferir golpes contra a vítima na região toráxica”, explicou o delegado Guilherme Machado.

Seguranças do Detran levaram o comerciante para a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde os policiais o encaminharam para o HGE. Ainda em depoimento, Jaílson afirma que levou a maleta porque estava fazendo reparos em um imóvel que o casal teria alugado e seria devolvido ao proprietário.  Com ele, foi encontrado também um bilhete com a seguinte frase “Veja o que vocês fizeram no Natal. Mudou tudo. Era diferente. Estava tudo bem eu e Mari. Davi- Antônia- Gegeu-Andreia”.

Segundo testemunhos de pessoas próximas à vítima, Maridalva estava sendo ameaçada nos últimos dias pelo ex-companheiro, mas ela recusou-se a registrar ocorrência em uma unidade policial. Cerca de dez pessoas foram ouvidas no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), nesta terça, entre seguranças que fizeram a condução do autor e colegas de trabalho e parentes da vítima.

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