"O medo tem que ser dele, não da gente", diz irmã de Clara Emanuele ao BNews

"Horrível. É uma dor que não tem como descrever". Emocionada, foi assim que Andressa Vieira, irmã de  Clara Emanuele Santos Vieira descreveu a sensação de ter recebido a notícia que sua irmã tinha sido espancada pelo marido Filipe Fernandes Pedreira, no dia 13 de maio. Junto com familiares e amigos, Andressa participou do protesto pela defesa de Clara e de outras mulheres vítimas de violência, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, na tarde deste sábado (19). 

"Quando você vê um caso parecido com a irmã de um vizinho, você fica sentida, mas quando acontece com a sua irmã, você não pode calar a boca e você não pode apoiar que ela cale. você tem que se motivar. Eu acredito que nesse momento minha missão tenha sido essa. Porque contra a versão do agressor só existe a força da mulher", relatou ao BNews. 

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Aos gritos de "justiça" e "Felipe na cadeia", as manifestantes tomaram conta de uma das pistas da Avenida carregando cartazes e apoiando causas como a de Clara. "Ele não vai conseguir. Ele bateu na minha irmã, mas a repercussão foi forte e agora quem tem que ter vergonha e medo é ele, porque ele é o agressor. O medo tem que ser dele e não da gente. A gente tem que mostrar que está na luta, não só por ela mas por todas que precisam ter coragem e se defender", declarou Andressa Vieira.

"A intenção é que esse caso tenha o máximo de repercussão possível, para que seja cobrada a justiça e as autoridades mostrem que podemos confiar neles", contou a irmã da vítima. 

Ainda durante a conversa com o BNews, Andressa falou que algumas pessoas na cidade de Santo Antônio de Jesus, onde moram, acharam que o caso não sairia do município, pelo fato da família de Felipe ter influência política, "mas a gente está mostrando que todo mundo dá razão à Clara, todo mundo viu o que aconteceu com ela e não adianta esconder. Porque se a gente esconder, mostra que temos medo e não temos. temos voz", finalizou Andressa. 

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