Polícia

Gamil defende saídas temporárias, mas diz que concessão a Lázaro pode ter tido 'falhas operacionais'

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Bnews - Divulgação Arquivo/BNews

Publicado em 28/06/2021, às 20h28   Redação Bnews


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O advogado criminalista Gamil Föppel comentou nesta segunda-feira (28), em entrevista ao programa BNews Agora, na Piatã FM, sobre a captura e morte pela manhã de Lázaro Barbosa, apontado como autor de uma chacina no Distrito Federal. De acordo com ele, a falha na saída temporária concedida ao suspeito em 2018 tenha tido falhas “operacionais”. 

Apesar do parecer contrário à concessão do benefício por parte do psicólogo da prisão, a juíza é responsável pela decisão final e ele deixou a detenção por ter cumprido os requisitos. Isso não quer dizer que ele não poderia ter sido investigado e regredido ao regime fechado por não ter se apresentado sete dias depois. Talvez a falha seja operacional e não em critério legais. Hoje existe a opção da tornozeleira eletrônica, que não é um recurso caro. Com o uso do equipamento, ele ser desligado já é motivo de expedir um mandado de prisão e a captura de alguém que eventualmente desobedeça ao retorno se tornaria muito mais provável e rápida”, opinou. 

O jurista destacou que concorda com a existência das saídas temporárias e teme por uma mudança na lei motivada pelo caso de Lázaro. “Não se surpreenda se surgir a proposta por uma alteração que proíba ou restrinja esse recurso entre os presos. Mas eu não acho que a lei está errada, o que precisa haver é uma fiscalização mais rígida, para atender inclusive aos fundamentos de execução da pena, que diz que as pessoas precisam ser monitoradas durante essa reinserção social”, declarou Gamil. 

Sobre a operação policial que levou à captura de Lázaro, o advogado ressaltou que é preciso ter em mente que, “apesar de terem sido 200 policiais, a área era imensa e os agentes estavam, seguramente, divididos em grupos menores”. 

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