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Sem alvará, haras funcionou como hotel para pacientes com Covid-19 em Ilhéus

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Ela foi contratada pela Prefeitura, mas a investigação apontou que ela nem sequer era da mesma área de atuação  |   Bnews - Divulgação Reprodução/PF

Publicado em 11/08/2021, às 11h24   Luiz Felipe Fernandez


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O haras Mamoan, na zona rural da Ilhéus, funcionou como um hotel para acolhimento de pacientes com Covid-19, mesmo sem o alvará expedido pela Prefeitura para oferecer o serviço. A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (11) a Operação Nefanda, que apura o crime de fraude no processo que determinou a contratação da empresa através de dispensa de licitação.

Ela foi contratada pela Prefeitura, mas a investigação apontou que ela nem sequer era da mesma área de atuação. A Mamoan funcionava como um haras, uma espécie de sítio, e não poderia prestar serviços como um centro de acolhimento de saúde e abrigar 52 leitos.

Em coletiva de imprensa, a PF informou que foi identificado um superfaturamento de R$ 500 mil em somente três meses de atividade financeira da empresa. 

Foram cumpridos ao todo 9 mandados de busca e apreensão em Ilhéus e Itabuna. Por questão de sigilo da investigação, não foi informado qual servidor público ligado à Prefeitura está conectado às suspeitas de irregularidade. No entanto, a Secretaria de Saúde está na mira por autorizar a execução do serviço antes de ter sido concluído o processo de dispensa de licitação.

"O processo de dispensa de licitação foi muito atípico. Até o próprio convite feito à empresa no processo inicial que é simplificado, quando a Prefeitura ou o órgão público escolhem as empresas que vão fornecer a cotação de preços, escolher essa empresa foi algo muito duvidoso, levantamos de cara a suspeita", explicou o delegado Anderson Alves, responsável pelo caso.

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