Polícia

Moradora do Bahia Flat é acusada de injúria racial após confusão por causa de restaurante

Reprodução/Google Street View
Cerca de 25 condôminos estão tentando fechar o acesso do Boteco do Caranguejo pela orla  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 16/08/2021, às 12h21   Redação BNews


FacebookTwitterWhatsApp

Cerca de 25 condôminos do Bahia Flat, na Barra, estão tentando fechar o acesso do Boteco do Caranguejo pela orla e expulsar o restaurante do local. Nesta segunda-feira (16), eles se reuniram em frente ao edifício munidos de tijolos e outros materiais de construção, mas foram impedidos por funcionários do estabelecimento, que acionaram uma empresa de segurança privada.

Durante a confusão, uma das moradoras teria chamado, de forma pejorativa, um dos seguranças de “negão” e de “preto”, dizendo que ele estaria intimidando a vizinhança. A polícia foi acionada e o trabalhador, a mulher e uma testemunha foram encaminhados para a 14ª Delegacia Territorial, também na Barra, onde prestaram queixa. 

O empresário Jonhson Herbert, que presenciou a situação, depôs como testemunha. Em entrevista ao BNews, ele disse que é revoltante ver, em pleno século XXI, uma pessoa se achar no direito de xingar ou humilhar a outra somente por ter uma cor da pele diferente.

Herbert contou que a condômina acusada de injúria racial foi acompanhada do filho para a delegacia e teria pedido desculpas pela ofensa pública, alegando que era uma senhora de idade. Ela precisou ser atendida por uma equipe do SAMU enquanto prestava depoimento, pois teria passado mal.

O processo sobre o acesso do Boteco do Caranguejo pela orla, assim como a manutenção do restaurante no flat, segue na Justiça. Um dos sócios do bar, Gerson de Oliveira destacou que os condôminos aprovaram, em assembleia no ano de 2015, a construção da entrada pelo local. Na época, 24 participantes votaram a favor e nove contra. A ata foi apresentada como prova.

O objetivo da intervenção na Avenida Oceânica era evitar que os clientes do restaurante circulassem pelos arredores da piscina do flat ou pela entrada principal do edifício. Ainda assim, os moradores alegam que estão perdendo a privacidade e também reclamam do valor do aluguel pago pelo bar durante o início da pandemia, que teria sido reduzido por causa da crise econômica. Os depósitos mensais estão sendo realizados judicialmente até que o magistrado decida sobre o caso.

Em atualização

Classificação Indicativa: 10 anos

FacebookTwitterWhatsApp