Polícia

Caseiro do chef de cozinha morto usou ilha da vítima para traficar drogas e armazenar armas

Reprodução/Redes sociais e Polícia Civil
O chef de cozinha espanhol e sua esposa baiana foram mortos a tiros pelo ex-funcionário  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais e Polícia Civil

Publicado em 09/12/2023, às 08h53   Redação BNews


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O chef espanhol e sua esposa, mortos a tiros na Ilha dos Ribeirinhos, na cidade de Porto Seguro, no sul da Bahia, tinha um acordo com o ex-caseiro deles, responsável pelo duplo homicídios. Segundo a polícia, David Peregrino Capó e Érica da Silva Santos cederiam parte da ilha a Eliandro Lourenço Meneses como compensação por seus serviços como caseiro prestados na ausência deles. O casal passou um período na Espanha.

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Contudo, na ausência dos patrões, Eliandro teria utilizado o local para o tráfico de drogas e armazenamento de armas em benefício de uma facção criminosa, levando à quebra do acordo. O delegado Euler da Silva, responsável por apurar o duplo homicídio, disse em entrevista ao O Globo que, em 2015, foram encontradas drogas na ilha. Em 2017, outra operação indicou que o caseiro e seus parentes utilizavam o local para esconder drogas e armas.

Ainda segundo a polícia, o acordo de doar parte da ilha não foi cumprido porque o casal descobriu sobre ligação do funcionário com crime organizado. David e Érica, portanto, seguiram com suas vidas, mas o restaurante do casal ganhou destaque, atraindo turistas de todo o Brasil, o que teria levado Eliandro a retornar para exigir o acordo original.

O filho do suspeito se apresentou na unidade policial, onde está temporariamente detido, sendo investigado por possível participação no duplo homicídio. O pai dele, no entanto, encontra-se foragido.

Segundo informações do jornal espanhol "El Mundo", David Peregrina estava evitando as autoridades locais pelo fato de ter sido condenado em dois processos e estar sujeito a dois mandados judiciais "de busca e detenção", os quais agora estão expirados devido à passagem do tempo.

O chef foi condenado na Espanha por dois processos criminais, totalizando mais de 6 anos de prisão pelos crimes de estafa (equivalente a estelionato no Brasil), apropriação indébita e falsificação de documentos.

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