Polícia

Caso Sara Maniano: Advogada comenta parecer do MP-BA e diz que família paterna faz "alienação parental"

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MP-BA indicou que criança continuasse com família paterna  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Redes sociais
Sanny Santana

por Sanny Santana

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Publicado em 06/12/2023, às 12h36



O Ministério Público da Bahia (MP-BA) deu um parecer opinativo sobre a guarda da filha da cantora gospel Sara Mariano, e a menina permanece sob o cuidado da família do pai, Ederlan Mariano, suspeito de mandar matar a esposa e mãe da criança. A informação foi obtida pelo BNews na quarta-feira (6).

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Em contato com a advogada Sarah Barros, que defende a família de Sara Mariano, a profissional não deu detalhes sobre o parecer, mas declarou esperar "que a justiça seja feita".

"A gente espera que a justiça seja feita e que o juiz que vai dar a decisão proteja essa criança, que é vítima também do feminício (...) que a Justiça tenha o olhar criterioso acerca do crime, que a criança tenha proteção", afirmou.

Ainda segundo Barros, a família paterna da menina comete "alienação parental". Para ela, deixar a criança, de apenas 11 anos, sob os cuidados da família do pai seria "diminuir ou extinguir os laços com a família materna". Além disso, segundo ela, seria mais um incentivo para a menina acreditar que o seu pai é inocente.

Ao ser questionada sobre a família materna da criança, a advogada comentou sobre a mãe de Sara Mariano.

"Dona Dolores está bem chorosa, está preocupada, a todo momento afirma que já perdeu a filha e que vai continuar lutando pela neta", disse.

Após o parecer do MP-BA, a defesa aguarda a decisão do juiz. Caso ele siga a decisão do parecer opinativo, os advogados da família materna irão recorrer e agravar o caso para o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A audiência que analisou a definição da guarda da filha da cantora ocorreu no último dia 29. A decisão deve ser publicada em breve. Enquanto isso, a menina segue com a família de Ederlan, preso sob a suspeita de mandar matar a esposa.

A menina foi ouvida pela primeira vez em uma sala reservada, no Fórum das Famílias, em Nazaré, bairro de Salvador. Além dela, outras duas testemunhas e uma declarante prestaram depoimentos.

A audiência foi marcada após a mãe de Sara, Dolores Correia, solicitar à justiça a guarda da neta.

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